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São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2003

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TERRA DE VULCÕES

Em Oahu, característica cosmopolita da capital mostra outra face das ilhas tropicais isoladas no Pacífico

Arranha-ceús de Honolulu destoam

Caio Vilela
No norte de Oahu, Pipeline, praia onde as ondas chegam a atingir 20 m de altura no fim do ano


DA ENVIADA ESPECIAL AO HAVAÍ

A paisagem cosmopolita da ilha de Oahu, com suas praias urbanizadas e arranha-céus à beira-mar, dificilmente caberia no imaginário de quem sonha com um Havaí tropical, calmamente isolado na imensidão do Pacífico.
Mas a capital, Honolulu, a única grande cidade do arquipélago, paraíso dos turistas japoneses, serve apenas de contraponto para a meca dos surfistas que ocupa o outro lado da ilha.
No sul, shopping centers, templos orientais, restaurantes finos e hotéis de luxo se aglomeram entre os grandes edifícios que coroam a glamourosa praia de Waikiki, guardada de longe pela cratera de um vulcão extinto, conhecida como Diamond Head.
Nas ruas sofisticadas do bairro, lojas de grife exibem vitrines luxuosas, enquanto pequenos mercados de artesanato vendem todo tipo de suvenir barato.
Além de Waikiki, Honolulu ostenta também o centro histórico das ilhas, onde ainda brilham as lembranças da antiga monarquia havaiana, uma simpática Chinatown, com suas portinhas lotadas de produtos exóticos, e o movimentado mercado de peixes. A alguns quilômetros dali, Pearl Harbor conta uma outra história, de um Havaí já anexado aos Estados Unidos como seu 50º Estado.
O calmo norte da ilha reúne pousadas simples, lojinhas de artesanato e restaurantes de beira de mar que recebem cordialmente surfistas e mochileiros.
No inverno, os campeonatos de surfe e suas ondas gigantes impedem que os banhistas comuns se aproximem das praias, normalmente calmas no verão. A melhor opção para o turista desavisado é a baía Hanauma, um magnífico aquário natural em que um mergulho a partir da praia permite observar mais de 400 espécies de peixes durante o ano todo.
Mas a grande aventura da ilha, fora d'água, consiste em explorar a exótica cozinha em que técnicas de preparo francesas, o melhor da cultura asiática e os peixes e vegetais locais se reúnem em uma combinação perfeita.
Molhos à base de frutas tropicais acompanham carnes e pescados. Pratos tradicionais das cozinhas chinesa, tailandesa ou japonesa surgem com nova roupagem e apresentação complexa, herança dos chefs vindos da França para comandar as cozinhas dos hotéis de Waikiki na década de 50.
Cada refeição em um desses templos do que se convencionou chamar de cozinha euro-asiática reflete perfeitamente o caráter e a formação das ilhas. Esses pratos mesclam, sem disfarce, cada uma das culturas que ajudaram a formar a nova etnia havaiana.
(ANA LUCIA BUSCH)


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