DA ENVIADA ESPECIAL

A celeuma em torno do cultivo de mexilhões diz respeito à exploração irregular dos costões rochosos, onde ficam os bancos naturais de sementes usadas para a reprodução nas fazendas, e à necessidade de os pescadores continuarem a exercer a atividade.
O cultivo, que começou em 1988 em 12 municípios de Santa Catarina, cresceu 5.881% em dez anos (veja quadro acima). Nos últimos dois anos, a produção entrou em declínio, pela exigência legal da extração de semente nos costões e por aspectos ambientais.
Segundo o Epagri, órgão responsável pela orientação aos maricultores do Estado, em 2003, o impasse deu força para novas estratégias de obtenção de sementes, menos dependentes dos bancos naturais. Uma delas é comprar sementes em laboratório, mas isso tem custo alto para os pescadores.
Outra, em estudo, porém mais barata, é a compra de larvas produzidas em laboratório, segundo Francisco Manoel Neto, coordenador de programa de moluscos do Epagri. (MM)



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