São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2000


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HERANÇA IMPERIAL
Rodeada pela mata atlântica, cidade investe R$ 3 milhões na revitalização do seu centro histórico
Em Petrópolis, o passado é onipresente

Renata de Gaspar Valdejão/Folha Imagem
Fachada do palácio Rio Negro, que voltou a ser residência oficial de verão da Presidência na gestão FHC


DA ENVIADA ESPECIAL A PETRÓPOLIS (RJ)

Os rastros de d. Pedro 1º, d. Pedro 2º, princesa Isabel e tantos outros que ajudaram a escrever a história do Brasil ainda estão frescos em Petrópolis (a 69 km do Rio). E, se depender da cidade, vão continuar fortes na memória.
A um custo de R$ 3 milhões, seu centro histórico está sendo revitalizado. Casas, como as do barão de Mauá, da princesa Isabel, de Rui Barbosa e de Santos Dumont, o museu Imperial, o palácio Rio Negro (residência de verão da Presidência) e a catedral São Pedro de Alcântara (que abriga os restos mortais de d. Pedro 2º, de dona Teresa Cristina, do conde D'Eu e da princesa Isabel) devem ficar reluzentes, como os 639 brilhantes e 77 pérolas que ornamentam a coroa de d. Pedro 2º, jóia à mostra no Museu Imperial.
Do projeto consta a intenção de "evitar sofisticações que venham a ofuscar ou competir com a arquitetura e a paisagem, conforme as premissas expressas na "Carta de Veneza" (1964)".
A revitalização prevê o alargamento dos passeios, a rearborização das ruas, a redefinição do mobiliário urbano e a padronização de letreiros e toldos das lojas.
Numa segunda etapa, os rios que cortam a cidade serão despoluídos. Com a reforma, espera-se um crescimento de 50% no fluxo de turistas que vão à cidade, segundo a diretora da Petrotur (Empresa de Turismo de Petrópolis), Rosane de Freitas. Em 99, a cidade recebeu 300 mil turistas.
Dividida em cinco distritos (Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e Posse), a cidade é cercada por mata atlântica, que compõe 70% de sua área (811 km2).
A cidade começou a surgir em 1843, quando d. Pedro 2º encarregou o engenheiro alemão Frederico Koeler de fazer um projeto de ocupação da cidade. Agora, mais de cem anos depois, o prefeito Leandro Sampaio pretende fazer a inscrição de Petrópolis como Patrimônio da Humanidade.
(RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO)


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