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"mi casa, su casa"
Não existem garantias; por isso, tome suas precauções antes de abrir portas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O que mais incomoda quem
tem um pé -ou os dois pés!-
atrás com trocas de casas é a solene falta de garantias. Os sites
de cadastro não passam de intermediários e não se responsabilizam por experiências
malsucedidas ou frustradas.
No máximo, trazem o modelo de uma espécie de contrato,
que pode -ou não- ser assinado pelas partes envolvidas.
O usuário Alexandre, 40, que
pediu para não ter seu sobrenome publicado, trocou sua casa
em São Sebastião por outra no
sul da França, nas férias de
2006. Os carros, pasme, também fizeram parte do acordo:
um podia usar o do outro.
Quando voltou ao Brasil, notou que o carro estava com um
barulho estranho. Era um problema na suspensão. "Liguei
para a família com quem fiz a
troca e perguntei o que aconteceu. Eles disseram que o problema foram as estradas, muito
ruins, e não se responsabilizaram pelo conserto", conta.
O jeito é tomar todas as precauções possíveis antes de pensar em fazer as malas. Cláudia
Cavalheri, 43, que mora em
Florianópolis, Santa Catarina,
é adepta dos programas de troca de casas desde 2004 e diz
que a melhor coisa é nunca fechar o acordo com a residência
onde mora, mas com um segundo imóvel ou casa de praia.
Ela prefere fazer as trocas
não-simultâneas. Ou seja:
quando os hóspedes vêm para a
sua casa, ela está na cidade.
Além da segurança, ela destaca
o fato de essas pessoas acabarem virando seus amigos. "Fiz
isso com famílias de Toronto e
Ottawa. Fui durante minhas férias e só um ano depois o pessoal das trocas veio à minha casa. Pude recebê-los e ainda os
levei para conhecer Curitiba."
Quem preferir a troca simultânea, mas ficar com algum tipo
de desconfiança, pode pedir para um amigo ou parente dar
uma passada por ali pelo menos
uma vez por semana para ver se
está tudo bem com a casa e verificar se os hóspedes estão precisando de alguma coisa.
Ter caseiros na casa enquanto estiver acontecendo a troca
também rende maior sensação
de segurança. Procure ainda
não esquecer expostos objetos
de valor e deixar claro se os hóspedes precisam ou não repor o
que for consumido.
Quando o carro estiver envolvido no acordo, verifique se
o seu seguro cobre acidentes no
caso de outras pessoas estarem
dirigindo.
(PPR)
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