São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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"mi casa, su casa"

Não existem garantias; por isso, tome suas precauções antes de abrir portas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O que mais incomoda quem tem um pé -ou os dois pés!- atrás com trocas de casas é a solene falta de garantias. Os sites de cadastro não passam de intermediários e não se responsabilizam por experiências malsucedidas ou frustradas.
No máximo, trazem o modelo de uma espécie de contrato, que pode -ou não- ser assinado pelas partes envolvidas.
O usuário Alexandre, 40, que pediu para não ter seu sobrenome publicado, trocou sua casa em São Sebastião por outra no sul da França, nas férias de 2006. Os carros, pasme, também fizeram parte do acordo: um podia usar o do outro.
Quando voltou ao Brasil, notou que o carro estava com um barulho estranho. Era um problema na suspensão. "Liguei para a família com quem fiz a troca e perguntei o que aconteceu. Eles disseram que o problema foram as estradas, muito ruins, e não se responsabilizaram pelo conserto", conta.
O jeito é tomar todas as precauções possíveis antes de pensar em fazer as malas. Cláudia Cavalheri, 43, que mora em Florianópolis, Santa Catarina, é adepta dos programas de troca de casas desde 2004 e diz que a melhor coisa é nunca fechar o acordo com a residência onde mora, mas com um segundo imóvel ou casa de praia.
Ela prefere fazer as trocas não-simultâneas. Ou seja: quando os hóspedes vêm para a sua casa, ela está na cidade. Além da segurança, ela destaca o fato de essas pessoas acabarem virando seus amigos. "Fiz isso com famílias de Toronto e Ottawa. Fui durante minhas férias e só um ano depois o pessoal das trocas veio à minha casa. Pude recebê-los e ainda os levei para conhecer Curitiba."
Quem preferir a troca simultânea, mas ficar com algum tipo de desconfiança, pode pedir para um amigo ou parente dar uma passada por ali pelo menos uma vez por semana para ver se está tudo bem com a casa e verificar se os hóspedes estão precisando de alguma coisa.
Ter caseiros na casa enquanto estiver acontecendo a troca também rende maior sensação de segurança. Procure ainda não esquecer expostos objetos de valor e deixar claro se os hóspedes precisam ou não repor o que for consumido.
Quando o carro estiver envolvido no acordo, verifique se o seu seguro cobre acidentes no caso de outras pessoas estarem dirigindo. (PPR)


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