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GRANDE MIAMI
Mandarin e The Breakers são premiados em publicações
Hotéis luxuosos estimulam a "clausura"
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI
Hipérboles à parte, poucos hotéis no mundo podem se dar ao
luxo de fazer o hóspede abstrair
da cidade onde estão localizados.
Mas a pergunta que fica no ar ao
fazer o check in nos raríssimos
(0,33% de 42 mil) estabelecimentos classificados com "cinco diamantes" pela AAA (American
Automobile Association), nos
EUA, é: "Por que sair daqui?".
The Breakers, em Palm Beach, e
Mandarin Oriental, em Miami,
que figuram no ranking de 2002
das respeitadas publicações "Travel + Leisure" e ""Condé Nast Traveler", são dois bons exemplos
-na Flórida, só eles e outros cinco hotéis receberam o "Five Diamond Award".
A história do The Breakers se
confunde com a do sul da Flórida.
Construído em 1896 pelo visionário Henry Morrison Flager e tombado pelo National Register of
Historic Places, foi reestilizado
pelo escritório de arquitetura
Schultze and Weaver, que assina
hotéis como Pierre e Waldorf-Astoria, ambos em Nova York.
Como o próprio nome diz, o
melhor do The Breakers é o som
das ""ondas grandes" invadindo
seus espaçosos quartos (não medem menos de 75 m2). Mas o preço dessa música é bem salgado:
R$ 2.150 por dia. Com dois terços
disso, também longe de ser uma
pechincha, reserva-se um apartamento standard (US$ 435).
O cardápio de lazer (veja quadro na pág. F4) é dos mais completos: bares/restaurantes (sete,
incluindo o L'Escalier, premiado
com cinco diamantes pela AAA),
golfe (dois campos de 18 buracos), minishopping (oito lojas),
piscinas (quatro), sala de ginástica, spa e tênis (dez quadras).
Hóspedes que não abrem mão
de luxo, mesmo à beira-mar, sentem-se em casa no The Breakers.
Inspirado na italiana Villa Medici
(1575), o lobby de 60 m de comprimento é forrado até o teto por
afrescos de 75 artistas de Florença. Em quase todos os ambientes
do hotel, há quase uma obra de
arte por metro quadrado.
Já o Mandarin Oriental, dois
anos após abrir suas portas, sobe
duas vezes ao pódio, após deixar
Miami dez anos longe dele, como
único hotel e restaurante (o moderno Azul) classificados como
""cinco diamantes" pela AAA.
Local de encontro de celebridades -já passaram pela suíte presidencial Jennifer Lopez, Luciano
Pavarotti e Mick Jagger-, seu
ponto alto são as seis suítes panorâmicas do também premiado
spa, que tem mais de 50 tipos de
tratamentos por preços que vão
de US$ 60 a US$ 250.
Embora bem-localizado (na
ilha Brickell, a 20 minutos do aeroporto, cinco do porto e encostado no centro comercial), o Mandarin, visto de fora, não chama a
atenção. Mas é na explosão de luz
natural que irradia seu lobby,
com móveis de design contemporâneo e muita gente bonita, que o
"skyline" de Miami e da Biscayne
ganha outras cores e dimensões.
Nos quartos, todos com vista
para a baía, cada detalhe -de
confortáveis roupões a telefone
sem fio- foi pensado para agradar o hóspede.
Seu único limitador, afora diárias para poucos (começam em
R$ 1.000), é o lazer: bares/restaurantes (cinco), piscina, sala de ginástica e spa.
Patrícia Trudes da Veiga, editora de Suplementos, viajou a convite do Visit Florida.
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