São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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MOSAICO MÍSTICO

É ver e crer, locais santos pululam em Tamil Nadu

Na capital, Chennai, há marcas da fé cristã, como a catedral que abrigaria os restos mortais de são Tomé

Luís Ferrari/Folha Imagem
Templo Arunachaleswar, em Tiruvannamalai; para os hindus, basta lembrar do templo no leito de morte para ir ao nirvana


DA ÍNDIA

Imagine um templo que, de tão sagrado, basta que uma pessoa no leito de morte se lembre dele para ganhar um passaporte direto para o paraíso. E um santuário que, para ser atingido, demanda a subida de 437 degraus em um túnel escavado dentro de uma montanha.
E que tal um templo do século 7º localizado em uma praia atingida pelo tsunami de 2004, mas que foi poupado pela onda gigante? Esses são só três dos inúmeros pontos santos de Tamil Nadu, Estado que é o coração do sul indiano.
A capital, Chennai (antes chamada de Madras) foi a sede da sede da Companhia das Índias britânica. A marca dos colonizadores é evidente no forte de são Jorge, de 1653, onde funcionam até hoje escritórios governamentais. Ao lado, fica a igreja de Santa Maria. Concluída em 1680, é a mais antiga igreja britânica na Índia.
A fé cristã, por sinal, tem seu espaço na cidade. Na catedral de são Tomé, diz a lenda, repousam os restos mortais do apóstolo que duvidou da ressurreição de Cristo.
É curioso notar a adaptação do catolicismo à realidade indiana. Maria veste um sári em um altar da catedral. Em outra igreja católica, mais ao sul, em Madurai, Cristo aparece sobre uma flor de lótus, ícone recorrente nas divindades hindus.
Com torres coloridas e repletas de esculturas, o templo Kapaleeshwar, dedicado a Shiva, em Chennai é uma amostra dos centros de devoção da região. (LUÍS FERRARI)


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