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MOSAICO MÍSTICO
É ver e crer, locais santos pululam em Tamil Nadu
Na capital, Chennai, há marcas da fé cristã, como a catedral que abrigaria os restos mortais de são Tomé
Luís Ferrari/Folha Imagem
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Templo Arunachaleswar, em Tiruvannamalai; para os hindus, basta lembrar do templo no leito de morte para ir ao nirvana |
DA ÍNDIA
Imagine um templo que, de
tão sagrado, basta que uma pessoa no leito de morte se lembre
dele para ganhar um passaporte direto para o paraíso. E um
santuário que, para ser atingido, demanda a subida de 437
degraus em um túnel escavado
dentro de uma montanha.
E que tal um templo do século 7º localizado em uma praia
atingida pelo tsunami de 2004,
mas que foi poupado pela onda
gigante? Esses são só três dos
inúmeros pontos santos de Tamil Nadu, Estado que é o coração do sul indiano.
A capital, Chennai (antes
chamada de Madras) foi a sede
da sede da Companhia das Índias britânica. A marca dos colonizadores é evidente no forte
de são Jorge, de 1653, onde funcionam até hoje escritórios governamentais. Ao lado, fica a
igreja de Santa Maria. Concluída em 1680, é a mais antiga
igreja britânica na Índia.
A fé cristã, por sinal, tem seu
espaço na cidade. Na catedral
de são Tomé, diz a lenda, repousam os restos mortais do
apóstolo que duvidou da ressurreição de Cristo.
É curioso notar a adaptação
do catolicismo à realidade indiana. Maria veste um sári em
um altar da catedral. Em outra
igreja católica, mais ao sul, em
Madurai, Cristo aparece sobre
uma flor de lótus, ícone recorrente nas divindades hindus.
Com torres coloridas e repletas de esculturas, o templo Kapaleeshwar, dedicado a Shiva,
em Chennai é uma amostra dos
centros de devoção da região.
(LUÍS FERRARI)
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