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POR DENTRO DE MANAUS
Ciclo da borracha mudou capital
da agência Folha, em Manaus
A cidade é marcada por contrastes entre a urbanização e a mata. O
Amazonas é o Estado da região
norte mais protegido: só 1,6% da
sua área total (1,5 milhão Km2)
sofreu desflorestamento, segundo
dados do Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais).
Portanto, engana-se quem imagina Manaus uma cidade comum.
Conhecê-la é ter acesso à história
da ocupação da Amazônia.
Durante o ciclo da borracha
(1890-1910), seus habitantes a denominavam de "Paris dos Trópicos" ou "Cidade Sorriso".
A cidade viveu uma transformação radical: os governantes e comerciantes locais trouxeram da
Europa centenas de arquitetos, urbanistas, paisagistas e artistas.
A missão deles era executar um
ambicioso plano urbanístico, que
resultou em uma cidade com perfil arquitetônico de influência européia.
A exploração da borracha financiou a construção de edifícios,
bondes elétricos, rede de telefonia,
água encanada e um porto.
Manaus foi uma das primeiras
cidades brasileiras a contar com
luz elétrica e serviço de tratamento
de água e esgoto.
Em 1896, a cidade ganhou o luxuoso Teatro Amazonas.
Ecologia
Manaus transformou-se em importante pólo de turismo ecológico, graças às suas belezas naturais
e ao resgate das tradições indígenas, que têm na exuberância das
brincadeiras de boi-bumbá -um
de seus principais exemplos.
A dança do boi, que remonta ao
início do século, ganhou uma roupagem nova e tem conquistado o
coração de pessoas dentro e fora
do Brasil.
O turismo na cidade, porém,
nunca foi encarado como estratégia de desenvolvimento regional.
A crise na Zona Franca de Manaus, decorrente da globalização,
fez crescer o interesse pelo ecoturismo -um dos principais responsáveis pelo reaquecimento da
economia local.
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