DA ENVIADA ESPECIAL

Frequentador de diversos spas nos anos 90, Antonio Carlos Sandin resolveu transformar sua casa de veraneio em São Pedro num deles há cerca de três anos.
"Nunca imaginei o trabalho que daria. Não basta colocar uma placa na porta e oferecer alface para o pessoal. Um spa tem muita coisa envolvida", comenta um dos dois proprietários do Jardim da Serra, referindo-se à infra-estrutura e à contratação dos profissionais, que, segundo ele, não são terceirizados, para que o quadro funcional tenha coesão.
Para ele, a nutricionista, por exemplo, tem que ter criatividade para oferecer um cardápio bastante variado, já que alguns hóspedes chegam a ficar no local um mês inteiro.
Sem experiência em hotelaria, Sandin se associou a uma conhecida e juntos montaram o projeto.
As construções lembrando castelinhos -o ginásio de esportes, o restaurante e o prédio dos apartamentos- à primeira vista não parecem ornar muito com o cenário bucólico da região, onde os motoristas correm o risco de atropelar vacas e bezerros na estrada que leva ao spa. Chalezinhos de madeira talvez trouxessem um efeito visual mais agradável.
Porém a explicação para o estilo arquitetônico tem um valor simbólico que chega a comover. Segundo Sandin, um dia a sua filha, então com sete anos, mostrou-lhe uma casa que fizera com o jogo de armar Lego, dizendo: "Papai, fiz uma casa para você construir no terreno que comprou em São Pedro". O empresário se baseou no "projeto" para a construção. "Tive uma certa dificuldade, porque a casa dela estava completamente desproporcional. Ao ver a casa erguida, ela ficou com os olhos cheios d'água." (MV)


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