São Paulo, quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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INVASÃO DE PRIVACIDADE
Brasileiros que vieram da América do Norte e da Europa afirmam que embarque ocorreu sem novidades

"Não há mudanças", dizem os turistas vindos dos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

"Está tudo normal." Essa é a impressão de turistas que vieram dos EUA e da Europa ouvidos pela reportagem na última sexta, no aeroporto internacional de Guarulhos (SP).
De acordo com os relatos, os procedimentos de segurança continuam os mesmos: tirar os sapatos, o cinto e o casaco antes de passar pelo detector de metal e colocar a bagagem de mão, com o laptopo para fora, na esteira de raio-X.
"Tinha fila, mas não notei nada de diferente", diz o empresário Silvio Golfetti, que vinha de Miami com a mulher e a filha de dois anos.
A aposentada Iolanda Moura, que viajou para Nova York após o atentado do dia 25 de dezembro, também não teve problema com a polícia norte-americana. "Acho que a confusão é com quem vai ou volta daqueles países que estão na lista [dos 14 "países de risco", elaborada pelos EUA], né? Para nós, brasileiros, está tranquilo."
O consultor cirúrgico Fernando Feitosa, que foi à Disney de Orlando com a família, também não viu nenhum tipo de abuso. "Tem de tirar o casaco e o sapato", diz ele. "Até pode soar um pouco de humilhação para os passageiros, mas a gente entende completamente, é uma questão de segurança, não tem nem o que discutir."
O único procedimento diferente que alguns turistas brasileiros notaram foi a checagem de laptops -os policiais analisavam cada máquina passando um detector sobre o aparelho. "Isso eu nunca tinha visto, mas não muda nada", afirma o chef de cozinha Adriano Quaranta Martins, ao chegar de Paris.
Sobre a proibição do uso do cobertor, os brasileiros afirmam que não viram nada disso. "Nossa, imagina. Não tinha nenhuma proibição", diz a arquiteta Cristina Vieira, mulher de Silvio Golfetti. Era possível levantar para ir ao banheiro a qualquer hora -exceto na decolagem e no pouso.
Para o egípcio Ali Hamdoun, enviado especial do Ministério da Religião do Egito ao litoral santista, a maior dificuldade foi conseguir o visto. "Correu tudo bem nos aeroportos", diz ele, que saiu do Cairo e fez escala em Roma antes de chegar a São Paulo. (LUISA ALCANTARA E SILVA)


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