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ALEMANHA
Memorial causa polêmica há meses e é acusado de banalizar a história; diretora deve apelar da decisão
Corte decide fechar exposição no checkpoint Charlie
DA REUTERS
Uma controversa exposição ao
ar livre montada em outubro do
ano passado com a proposta de
ser um memorial do Muro de
Berlim, homenageando as centenas de pessoas que foram mortas
tentando fugir do regime comunista da porção oriental alemã, foi
intimada a sair de cartaz.
A mostra marca um dos mais
famosos pontos da Guerra Fria, o
checkpoint (ponto de checagem)
Charlie. A decisão, tomada pela
corte de Berlim na semana passada, exige que as centenas de cruzes de madeira e que o trecho do
Muro de Berlim que foi reconstruído sejam tirados dali.
A instalação, batizada pelos seus
organizadores de Memorial do
Muro, foi cercada de controvérsia. Políticos pertencentes à coligação no poder em Berlim, que
reúne social-democratas e o ex-comunista PDS, classificaram a
mostra como ofensiva e criticaram a colocação de cruzes a minutos de caminhada do novo Memorial do Holocausto em Berlim.
A imprensa alemã usou termos
duros para caracterizar o evento,
como "Wall-Disneyland" (Disneylândia do Muro).
Alexandra Hildebrandt, diretora do museu do Checkpoint Charlie, que organizou a exposição,
acusa a cidade de falhar ao demarcar seu mais famoso local e
disse que deve apelar da decisão
da corte.
O Senado de Berlim afirmou
que apresentará planos para uma
comemoração própria.
Hildebrandt acusa as autoridades locais de ingratidão com as
tropas norte-americanas, que
protegeram Berlim durante a
Guerra Fria. "O checkpoint Charlie é um lugar onde os aliados deveriam ser agradecidos por terem
protegido a liberdade de Berlim e
onde as vítimas deveriam ser comemoradas", disse Hildelbrandt.
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