São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2001

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NA TERRA DO TIO SAM

Número de brasileiros que visitaram o país em 2000 foi 10,9% maior do que no ano anterior

Câmbio não afasta brasileiros dos EUA

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA na gestão Bill Clinton, viu a última eleição presidencial escorrer por entre seus dedos na Flórida. Mas curiosamente voltou ao Estado na última quarta-feira para participar, em sua primeira aparição pública desde que perdeu a eleição, do 33º Pow Wow -maior evento da indústria do turismo norte-americano-, que, neste ano, aconteceu em Orlando, entre os dias 5 e 9 de maio.
Organizado anualmente pela Travel Industry Association of America (Associação da Indústria de Viagem da América, TIA), o Pow Wow deste ano reuniu 5.759 profissionais da indústria do turismo, exibindo em 1.375 estandes as novidades do setor para representantes de 74 países.
O evento é um dos maiores de todo o mundo e confronta fornecedores norte-americanos e compradores estrangeiros (operadores e agentes de turismo) em encontros pré-agendados.
Durante três dias de feira, os participantes têm a oportunidade de realizar 150 encontros de 20 minutos cada um, além de assistir a conferências.

O Brasil no ranking
Com relação ao Brasil, um dos três países onde a TIA mantém escritório (os outros dois são Inglaterra e Japão), os números divulgados na feira mostram que, a despeito do câmbio pouco favorável entre o dólar e o real, o país continua sendo um dos grandes emissores de turistas para os EUA.
Os dados divulgados no encontro de Orlando mostram que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking, tendo enviado no ano passado 10,9% mais turistas que em 1999. Esses números lançados pela TIA e pelo Departamento de Comércio dos EUA não consideram os turistas provenientes do Canadá e do México, países que fazem fronteira com os EUA.
Se de um lado o Pow Wow é uma grande vitrina das novidades turísticas dos Estados, das cidades, da indústria hoteleira e do que há de mais moderno nos megaparques temáticos e nas companhias aéreas, ele é também a ocasião em que os números são divulgados e analisados.

Números e prioridades
Negócio de US$ 584 bilhões para os EUA, o turismo emprega 19 milhões de pessoas e gera em impostos cerca de US$ 171 bilhões. Entidade sem fins lucrativos que representa, desde 1941, os interesses da indústria turística no país, a TIA está investindo em informática para não perder espaço nesse mundo de cifras astronômicas.
No 33º Pow Wow, os executivos William Norman, presidente da entidade, Adam Goldstein e Betsy O'Rourke, vice-presidentes, anunciaram o lançamento do site www.powwowonline.com, portal do tipo "business-to-business" (B2B), a ser usado apenas por operadores e agentes de viagem.
Ao lado dos sites www.tia.org, destinado a membros da associação, e www.seeamerica.org, portal do tipo "business-to-consumer" (B2C), consultado por consumidores, esses sites fazem parte de uma estratégia da TIA que visa não perder mercado em termos globais.


Silvio Cioffi viajou a convite do Escritório de Comércio dos EUA (SP) e da TransBrasil



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