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NA TERRA DO TIO SAM
Número de brasileiros que visitaram o país em 2000 foi 10,9% maior do que no ano anterior
Câmbio não afasta brasileiros dos EUA
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Al Gore, ex-vice-presidente dos
EUA na gestão Bill Clinton, viu a
última eleição presidencial escorrer por entre seus dedos na Flórida. Mas curiosamente voltou ao
Estado na última quarta-feira para participar, em sua primeira
aparição pública desde que perdeu a eleição, do 33º Pow Wow
-maior evento da indústria do
turismo norte-americano-, que,
neste ano, aconteceu em Orlando,
entre os dias 5 e 9 de maio.
Organizado anualmente pela
Travel Industry Association of
America (Associação da Indústria
de Viagem da América, TIA), o
Pow Wow deste ano reuniu 5.759
profissionais da indústria do turismo, exibindo em 1.375 estandes as novidades do setor para representantes de 74 países.
O evento é um dos maiores de
todo o mundo e confronta fornecedores norte-americanos e compradores estrangeiros (operadores e agentes de turismo) em encontros pré-agendados.
Durante três dias de feira, os
participantes têm a oportunidade
de realizar 150 encontros de 20
minutos cada um, além de assistir
a conferências.
O Brasil no ranking
Com relação ao Brasil, um dos
três países onde a TIA mantém
escritório (os outros dois são Inglaterra e Japão), os números divulgados na feira mostram que, a
despeito do câmbio pouco favorável entre o dólar e o real, o país
continua sendo um dos grandes
emissores de turistas para os EUA.
Os dados divulgados no encontro de Orlando mostram que o
Brasil ocupa o quinto lugar no
ranking, tendo enviado no ano
passado 10,9% mais turistas que
em 1999. Esses números lançados
pela TIA e pelo Departamento de
Comércio dos EUA não consideram os turistas provenientes do
Canadá e do México, países que
fazem fronteira com os EUA.
Se de um lado o Pow Wow é
uma grande vitrina das novidades
turísticas dos Estados, das cidades, da indústria hoteleira e do
que há de mais moderno nos megaparques temáticos e nas companhias aéreas, ele é também a
ocasião em que os números são
divulgados e analisados.
Números e prioridades
Negócio de US$ 584 bilhões para os EUA, o turismo emprega 19
milhões de pessoas e gera em impostos cerca de US$ 171 bilhões.
Entidade sem fins lucrativos que
representa, desde 1941, os interesses da indústria turística no país, a
TIA está investindo em informática para não perder espaço nesse
mundo de cifras astronômicas.
No 33º Pow Wow, os executivos
William Norman, presidente da
entidade, Adam Goldstein e Betsy
O'Rourke, vice-presidentes,
anunciaram o lançamento do site
www.powwowonline.com, portal do tipo "business-to-business"
(B2B), a ser usado apenas por
operadores e agentes de viagem.
Ao lado dos sites www.tia.org,
destinado a membros da associação, e www.seeamerica.org, portal do tipo "business-to-consumer" (B2C), consultado por consumidores, esses sites fazem parte
de uma estratégia da TIA que visa
não perder mercado em termos
globais.
Silvio Cioffi viajou a convite do Escritório de Comércio dos EUA (SP) e da TransBrasil
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