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internacional
Cidade goiana é considerada patrimônio em risco
CEM LOCAIS EM PERIGO Em lista de locais ameaçados estão monumentos no Iraque e o "skyline" de São Petersburgo
DA REDAÇÃO
O homem é o principal responsável pela destruição de
monumentos históricos. Foi o
que a Fundação Mundial de
Monumentos (www.worldmonumentswatch.org) concluiu em seu relatório bienal
que lista os cem lugares que estão em maior risco no mundo,
publicado na semana passada.
Neste ano, um novo fator foi
agregado ao conjunto daqueles
que ameaçam os sítios históricos: as mudanças climáticas. As
outras principais ameaças causadas pela ação humana apontadas pelo relatório foram o
crescimento não planejado das
cidades, os conflitos armados e
a falta de cuidados e restauração dos monumentos.
Desde sua primeira publicação, em 1995, o relatório já ajudou a salvar 75% dos locais em
perigo apontados, segundo a
presidente da organização,
Bonnie Burnham.
Nenhuma região do mundo
ficou a salvo das críticas da fundação. Da célebre Rota 66, nos
EUA, à cidade de Fianarantsoa,
em Madagascar, e da Fundação
Juan Miró, em Barcelona, à
mesquita Azul, no Cairo, todos
os continentes possuem algum
patrimônio cultural em risco.
Goiás
No Brasil, apenas o centro
histórico de Porangatu, em
Goiás, foi citado. Segundo o relatório, o município -dotado
de casas dos séculos 18, 19 e início do 20- tem sofrido grandes
alterações em sua arquitetura.
O crescimento do número de
habitantes da cidade, devido às
indústrias ali situadas, foram a
principal causa da deterioração
dos bairros históricos de Porangatu, de acordo com o documento. Também o crescimento, aliado à falta de preservação,
é apontado como o principal
risco para os edifícios das décadas de 1920 e 1930 de Xangai,
na China, que têm sido danificados e até destruídos.
Nessa mesma lista consta o
"skyline" de São Petersburgo,
ameaçado pela construção de
uma torre de 300 metros anunciada pela estatal Gazprom,
produtora e distribuidora de
gás da Rússia.
Iraque
A herança cultural iraquiana,
com cerca de 10 mil locais de
interesse histórico, foi listada
pela segunda vez pela fundação. A guerra no país, iniciada
em 2003 com a invasão de soldados norte-americanos, principalmente, e as explosões comandadas por terroristas colocam em risco edifícios históricos de Bagdá, de outras cidades
e os sítios arqueológicos.
Vítima das mudanças climáticas é a Cabana de Scott, construída em 1911 pelo desbravador britânico Robert Falcon
Scott, na Antártida. A imensa
quantidade de neve e a formação de gelo sem precedentes no
local vêm danificando a construção, relata o documento.
As mudanças climáticas, a
poluição e a erosão são uma
ameaça às pedras entalhadas
da região de Ikom, na Nigéria,
que datam de 2.000 anos antes
de Cristo. Medindo entre um e
dois metros, essas esculturas
têm sofrido com a chuva ácida,
a umidade, o sol intenso, os
roubos e o vandalismo.
Previsível
Mais previsível é a presença
de Machu Picchu no estudo,
devido ao crescente número de
turistas que vistam o local. Em
1992, 9.000 pessoas estiveram
na cidade inca. Em 2006, o número pulou para 4.000 visitantes em um único dia.
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