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Corpo está enterrado no mosteiro da Luz, que frei Galvão projetou e fundou
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ter nascido em
Guaratinguetá, frei Galvão deixou mais vestígios de sua passagem na cidade de São Paulo, onde, aliás, está enterrado.
Ele foi o fundador do mosteiro de Nossa Senhora da Conceição da Luz, o mosteiro da Luz,
onde hoje funciona o Museu de
Arte Sacra de São Paulo. Foi
responsável pelo projeto e pela
construção do mosteiro.
Diz a história que, em fins de
1769, o frade foi designado confessor de um recolhimento
paulistano onde conheceu a irmã Helena Maria do Espírito
Santo. Ela afirmava ter visões
nas quais Jesus indicava que
ela deveria fundar um novo recolhimento. Daí que o frade e a
irmã fundaram o mosteiro da
Luz, então chamado recolhimento. A irmã morreu no ano
seguinte ao da inauguração do
conjunto. E frei Galvão continuou em São Paulo até sua
morte, em 1822.
O conjunto do mosteiro,
tombado pelo Iphan (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1943, é
considerado um dos mais importantes remanescentes da
arquitetura do século 18 em São
Paulo. Suas paredes de taipa estão conservadas como foram
erguidas, há 233 anos.
O mosteiro, fundado em 2 de
fevereiro de 1774, foi inicialmente batizado como recolhimento de Nossa Senhora da
Conceição da Divina Providência. O nome recolhimento era
para evitar a perseguição promovida contra ordens religiosas por Marquês de Pombal. Ali
viviam mulheres que eram devotas, mas não tinham feito votos religiosos.
Atualmente, as irmãs concepcionistas, devotas de Nossa
Senhora da Conceição, ocupam
o pavimento superior do mosteiro e algumas outras áreas reservadas no piso térreo. No
mais, o espaço térreo é dividido
entre a igreja -fundada em
1802 e em cujo altar fica o túmulo em que o frade está enterrado- e o Museu de Arte Sacra
de São Paulo.
(HL)
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