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ROTA 66
Fama do maior cânion da região atrai 5 milhões de visitantes por ano; para mais sossego, siga ao norte
Belezas naturais do Arizona vão além do Grand Canyon
DO ENVIADO ESPECIAL AOS EUA
Numa terra conhecida pela
profusão de cânions, a fama e o
gigantismo do maior deles, o
Grand Canyon, tendem a eclipsar outras atrações do Arizona.
O Grand Canyon é tido como
uma das sete maravilhas do
planeta, mas o Colorado também divide outras formas naturais esculpidas na paisagem
com o sul de Utah e o Arizona.
Visitar o Grand Canyon, no
entanto, dificilmente é uma experiência solitária, pois o parque nacional recebe 5 milhões
de visitantes por ano. Mas existem formas para fugir do movimento da margem sul.
Uma é conhecer o lado oposto, a margem norte. Apesar das
margens distarem 13 quilômetros em linha reta, a viagem por
estrada percorre 350 quilômetros -e dura sete horas.
A margem norte é mais alta e
a mais fria. Ela recebe só 10%
dos visitantes do parque, mas a
vista a partir dela é igualmente
incrível. Ao contrário da margem sul, a norte fecha nos meses mais frios do inverno.
Quem planeja ir à margem
sul de qualquer forma, e ainda
assim busca um pouco de sossego, há um mirante mantido
em segredo pela administração
do parque: o Shoshone Point.
Para chegar lá, caminha-se
1.500 metros desde a estrada
que margeia o desfiladeiro.
Esse mirante é usado para
cerimônias de casamento e
eventos reservados, quando se
pede ao visitante que respeite a
privacidade e não tome a trilha
caso haja muitos carros estacionados na discreta entrada.
Se o caminho estiver livre, há
a possibilidade de observar o
cair da tarde sozinho.
Seguir as principais trilhas
cânion abaixo (e depois acima!)
seja a pé ou de burro, é uma alternativa para quem tem bom
preparo físico. As temperaturas
no verão beiram o insuportável
e o desnível do topo ao fundo é
um perigoso obstáculo para os
visitantes sedentários.
Como as hospedagens próximas ao cânion são poucas e
mais caras, a dica é usar a cidadezinha de William, por onde
se cruza um trecho remanescente da Rota 66, como base.
A região do Grand Canyon
tem ainda outras áreas visitáveis. Entre elas, o mirante de
Toroweep -um dos mais espetaculares, tem acesso difícil,
por longas estradas de terra-; o
Skywalk, passarela transparente construída há pouco; e, acima de todas, as cachoeiras de
Havasupai, um éden em terras
indígenas num afluente do Colorado, onde só se chega a pé ou
de helicóptero.
(PEDRO CARRILHO)
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