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Glaciar proporciona show de tons
DA ENVIADA ESPECIAL
Uma massa de gelo de 30 km de
extensão e 200 km2 de superfície
se debruça sobre o lago Argentino
numa muralha de até 70 m de altura e 6 km de comprimento. A
quilômetros de distância, os valores impressionantes já causam
impacto aos turistas que chegam
de barco ao glaciar Perito Moreno, um dos 47 existentes dentro
do Parque Nacional de los Glaciares, na Patagônia argentina.
À medida que os visitantes se
aproximam do seu lado norte, esquecem esses valores, que nem
conseguem visualizar, e passam a
desfrutar o espetáculo na escala
possível: o que se vê à frente, para
cima e para os lados é um enorme
paredão pontiagudo nos mais variados tons de azul.
Os "desbravadores" passam então do barco para a península em
frente ao Perito Moreno e, a partir
de passarelas, descobrem que o
glaciar é branco e não tem fim.
Com o inverno, há poucos turistas e vento fraco. O silêncio só é
quebrado pelos estrondos de pedaços de gelo que se desprendem.
Quando isso ocorre na frente do
público, ele vê pedras caírem, formando grandes ondas na água.
Quando o glaciar avança muito,
encostando na península e obstruindo a passagem da água,
ocorre uma série de desprendimentos, causando uma grande
ruptura de gelo. O fenômeno é esperado por geólogos e turistas,
mas completamente imprevisível:
o último aconteceu em 1988.
Como chegar
Calafate, cidade de 6.000 habitantes, com boa estrutura hoteleira e aeroporto internacional, é a
base para visitar os glaciares Perito Moreno e Upsala, três vezes
maior que o primeiro.
Saindo de Calafate, o visitante
passa por Punta Bandera, a 48 km
de distância. A partir daí, ele pode
pegar um barco para atingir os
glaciares via lago Argentino ou, se
for verão, continuar por uma estrada de terra até Moreno. A travessia de barco para Perito Moreno é feita pelo canal de los Témpanos (pedaços de gelo desprendidos do glaciar).
Esses "témpanos" foram os únicos contatos do explorador Francisco Moreno com a geleira que
leva seu nome. O geógrafo, que
percorreu a Patagônia e foi considerado "perito" nas questões das
fronteiras com o Chile, chegou a
Punta Bandera em 1877, mas não
percorreu os 20 km restantes para
o glaciar, que foi descoberto anos
depois.
(AO)
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