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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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AVIAÇÃO

Reunião em Tóquio analisou estratégias e o futuro das alianças aéreas, que juntas transportam75% dos passageiros

Star Alliance prioriza projeção da marca

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Em Tóquio, de 5 a 7 de dezembro, uma reunião da Star Alliance divulgou dados, analisando o futuro da aviação mundial e a situação das alianças que com ela concorrem: a OneWorld e a SkyTeam (que em 2004 ganha a adesão do bloco formado pela holandesa KLM e pelas norte-americanas Continental e Northwest).
A Star Alliance reúne hoje 15 companhias aéreas (veja quadro na pág. F11) e, pioneira, foi formada em 1997 por Lufthansa, United, Air Canada, SAS e Thai, às quais a seguir se somou a Varig.
Para o passageiro, o pool, que logo ganhou a concorrência da OneWorld e da SkyTeam, significou maior capacidade de conexões, menos tempo em terra e integração no sistema de milhagens. Já para as alianças, a globalização do setor reduziu custos operacionais, integrando serviços e maximizando o uso dos aviões em tempo de conjuntura adversa.
O universo das alianças é extremamente mutável, mas não há dúvida de que elas vieram para ficar, pois em conjunto as companhias aéreas operam hoje 75% dos vôos em todo o mundo.
Só a Star Alliance deve fechar 2003 tendo feito 10.791 vôos diários (uma decolagem a cada seis segundos) em 680 aeroportos de 128 países; e a projeção para 2004 em relação a 2003 é a de alcançar 775 aeroportos (13% a mais) de 132 países (crescimento de 3%), realizando 14.088 decolagens/dia (mais 18%). No universo mutável das alianças, a Star Alliance perde um membro (Mexicana) e ganha outro (US Airways) nesta virada de ano, aumentando de tamanho.
Já a OneWorld, que tem entre seus membros gigantes como American Airlines e British Airways, ganha a adesão discreta da Swiss, sucessora da Swissair. Outra novidade anunciada para a virada do ano é a fusão da SkyTeam, capitaneada pela Air France e pela Delta (e que contou com adesão da Alitalia), com um pólo forte que reunia a KLM, a Continental e a Northwest.

Números e sinergia
Em se tratando de associações de companhias tão gigantescas, é difícil comparar o tamanho das alianças. Dependendo do critério (número de jatos, de passageiros transportados, de vôos etc), as três parecem parelhas -e, em franca concorrência, tratam de formular sempre novos serviços e promoções para os passageiros.
De acordo com dados fornecidos por Jaan Albrecht, presidente da Star Alliance, se o critério adotado fosse o número de passageiros transportados, a sua aliança manteria a liderança em 2003, com uma fatia de 25,9% do mercado. Isso contra os 23% representados pela soma dos números da SkyTeam e de seus três novos membros. Segundo projeções do executivo, a OneWorld ficaria com 16,5% do mercado global.
Mas a megaconcorrência nos céus não é só questão de números. Importa saber se as empresas de um mesmo pólo têm sinergia, se trabalham coordenadamente, se oferecem vantagens reais ao cliente (integrando sistemas de milhagem, por exemplo).
Outra tendência mundial no setor é a de valorizar o nome ("brand") das alianças em detrimento até das marcas das empresas que as compõem. No caso da Star Alliance, Albrecht promete que mais e mais aviões serão pintados com a marca da aliança, reservando um pequeno espaço da fuselagem para o da companhia à qual o equipamento pertence.


Silvio Cioffi viajou a convite da Varig.


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