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AVIAÇÃO
Reunião em Tóquio analisou estratégias e o futuro das alianças aéreas, que juntas transportam75% dos passageiros
Star Alliance prioriza projeção da marca
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Em Tóquio, de 5 a 7 de dezembro, uma reunião da Star Alliance
divulgou dados, analisando o futuro da aviação mundial e a situação das alianças que com ela concorrem: a OneWorld e a SkyTeam
(que em 2004 ganha a adesão do
bloco formado pela holandesa
KLM e pelas norte-americanas
Continental e Northwest).
A Star Alliance reúne hoje 15
companhias aéreas (veja quadro
na pág. F11) e, pioneira, foi formada em 1997 por Lufthansa, United, Air Canada, SAS e Thai, às
quais a seguir se somou a Varig.
Para o passageiro, o pool, que
logo ganhou a concorrência da
OneWorld e da SkyTeam, significou maior capacidade de conexões, menos tempo em terra e integração no sistema de milhagens. Já para as alianças, a globalização do setor reduziu custos
operacionais, integrando serviços
e maximizando o uso dos aviões
em tempo de conjuntura adversa.
O universo das alianças é extremamente mutável, mas não há
dúvida de que elas vieram para ficar, pois em conjunto as companhias aéreas operam hoje 75%
dos vôos em todo o mundo.
Só a Star Alliance deve fechar
2003 tendo feito 10.791 vôos diários (uma decolagem a cada seis
segundos) em 680 aeroportos de
128 países; e a projeção para 2004
em relação a 2003 é a de alcançar
775 aeroportos (13% a mais) de
132 países (crescimento de 3%),
realizando 14.088 decolagens/dia
(mais 18%). No universo mutável
das alianças, a Star Alliance perde
um membro (Mexicana) e ganha
outro (US Airways) nesta virada
de ano, aumentando de tamanho.
Já a OneWorld, que tem entre
seus membros gigantes como
American Airlines e British Airways, ganha a adesão discreta da
Swiss, sucessora da Swissair. Outra novidade anunciada para a virada do ano é a fusão da
SkyTeam, capitaneada pela Air
France e pela Delta (e que contou
com adesão da Alitalia), com um
pólo forte que reunia a KLM, a
Continental e a Northwest.
Números e sinergia
Em se tratando de associações
de companhias tão gigantescas, é
difícil comparar o tamanho das
alianças. Dependendo do critério
(número de jatos, de passageiros
transportados, de vôos etc), as
três parecem parelhas -e, em
franca concorrência, tratam de
formular sempre novos serviços e
promoções para os passageiros.
De acordo com dados fornecidos por Jaan Albrecht, presidente
da Star Alliance, se o critério adotado fosse o número de passageiros transportados, a sua aliança
manteria a liderança em 2003,
com uma fatia de 25,9% do mercado. Isso contra os 23% representados pela soma dos números
da SkyTeam e de seus três novos
membros. Segundo projeções do
executivo, a OneWorld ficaria
com 16,5% do mercado global.
Mas a megaconcorrência nos
céus não é só questão de números. Importa saber se as empresas
de um mesmo pólo têm sinergia,
se trabalham coordenadamente,
se oferecem vantagens reais ao
cliente (integrando sistemas de
milhagem, por exemplo).
Outra tendência mundial no setor é a de valorizar o nome
("brand") das alianças em detrimento até das marcas das empresas que as compõem. No caso da
Star Alliance, Albrecht promete
que mais e mais aviões serão pintados com a marca da aliança, reservando um pequeno espaço da
fuselagem para o da companhia à
qual o equipamento pertence.
Silvio Cioffi viajou a convite da Varig.
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