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SEM FRONTEIRAS
Exotismo, menos burocracia e sensação de segurança põem outros países como opção de estudo no exterior
África do Sul e Malta flertam com brasileiros
DA REPORTAGEM LOCAL
É difícil ocupar o pódio que pertence ao Canadá, aos EUA e à
Oceania, que ainda têm a preferência dos brasileiros ao decidirem por um curso de inglês. Destinos como Malta, África do Sul e
Irlanda, apesar de serem menos
conhecidos e almejados, tornaram-se opções interessantes.
Além de estarem longe do olho do
furacão - da Sars (sigla em inglês
para a síndrome respiratória aguda grave), que afetou o fluxo para
Toronto (Canadá), e da dificuldade ou da burocracia em obter visto para os EUA ou para a Austrália-, esses países batem os campeões nas modalidades preço,
exotismo e chance de trabalho.
A opção por um ou outro canto
do mundo depende do bolso, do
perfil e do tempo disponível que
os estudantes têm para aprender
ou aperfeiçoar a língua.
A África do Sul, por exemplo,
tem o preço a seu favor. Por quatro semanas, com passagem aérea
e acomodação em casa de família,
com meia-pensão, na Cidade do
Cabo, paga-se US$ 1.480 (veja algumas opções de cursos ao lado).
Localizada no mar Mediterrâneo, perto da Itália, Malta é uma
boa pedida para cursos de pequena duração. Por ser uma ilha, alivia a tensão de pais preocupados
com o terrorismo.
Outro destino alternativo, a Irlanda se adequa a "pessoas seguras", diz Tereza Fulsaro, gerente
da CI, e oferece maior facilidade
de trabalho. Aliás, é a procura por
trabalho remunerado no exterior
que mais cresce dentro das operadoras, segundo Patrícia Zocchio,
da Experimento.
Apesar da entrada de novos
competidores, os campeões não
perderão a majestade.
"O Canadá é o top, tem tarifas
baixas e cursos de qualidade", diz
Eduardo Camargo, presidente da
Belta (associação que reúne 50
empresas de intercâmbio). Toronto, que enfrenta o problema
da Sars, tem sido trocada por
Vancouver, na Costa Oeste.
O movimento para a Austrália,
que tomou a liderança das mãos
dos EUA depois dos atentados de
2001 no quesito interesse de brasileiros -37,6%, segundo pesquisa
da Belta de 2002-, deve aumentar. Quem opta pela Oceania busca cursos mais longos, com estada
de no mínimo seis meses, para
compensar o preço do bilhete aéreo (cerca de US$ 1.300).
Nos EUA, Boston é o local preferido de jovens executivos, com
idades de 25 a 35 anos. A EF, por
exemplo, abriu neste ano um curso de MBA, cuja duração é de um
ano. Já na Costa Oeste, as coqueluches são cidades californianas,
San Diego, Santa Barbara e San
Francisco, caras aos brasileiros
devido ao clima, festas e turismo.
Outras línguas e cursos
As operadoras ampliaram a
oferta de cursos, além dos de
"high school". As possibilidades
vão de estágios remunerados e
cursos de canto,
à especialização. "Já vi até de cabeleireiro de petshop", diz Alfredo Spínola, diretor da Wind.
Depois do inglês, o curso de espanhol é o segundo mais procurado. "O espanhol está estourando.
Estamos organizando grupos de
escolas de ensino médio para a
Espanha", diz Zocchio. "Os estudantes nem pensam em ir para a
América do Sul", revela Christina
Bicalho, diretora da STB, pois nos
cursos na Argentina e no Uruguai
há muitos brasileiros.
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