São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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LOUISIANA, 200

Antigas fazendas e píer à beira do Mississippi caracterizam Baton Rouge, capital do Estado

Cidade cultiva legado de "plantations"

Silvio Cioffi/Folha Imagem
Em Baton Rouge, às margens do rio Mississippi, memorial dedicado à Guerra do Vietnã exibe o caça A-7E Corsair


SILVIO CIOFFI
ENVIADO ESPECIAL À LOUISIANA

Debruçada no rio Mississippi, Baton Rouge, a capital da Louisiana, Estado que foi comprado da França há 200 anos, em 1803, tem 413 mil habitantes e fica na região batizada de "Plantation Country".
Mesmo dentro da área urbana, a antiga sede da Magnolia Mound (2161, Nicholson Drive) testemunha como era uma fazenda do tipo "French creole".
A maior universidade local, a Louisiana State University (LSU), também mantém, dentro da cidade, uma área rural de 223 hectares, a Rural Life Museum (4.650 Essen Lane, site www.rurallife.lsu.edu), onde 15 prédios antigos de madeira recriam como eram as "plantations" no tempo em que a Louisiana explorava a mão-de-obra escrava, cultivava a cana e explorava a pesca na porção sul do Estado, além de extrair madeira e plantar algodão no norte.
Pacata e algo parada no tempo, a cidade se contrapõe a Nova Orleans, que fica ao sul, onde o rio Mississippi deságua no golfo do México, e é um local indicado para fugir do agito. Ideal para passear, Baton Rouge tem seu principal centro de lazer num píer à beira do rio, o maior e mais volumoso curso d'água dos EUA.
Ali, num calçadão onde há um centro de artes e ciências, existe outro dedicado à náutica, que compreende o navio-museu USS Kidd, um destróier ancorado no rio e que foi alvejado por aviões kamikaze durante a Segunda Guerra (1939-45) e um memorial alusivo à Guerra do Vietnã, cujo epicentro é um caça A-7E Corsair.
A construção mais significativa da capital, o Louisiana State Capitol, de 34 andares, é sede do governo estadual. Construído em estilo art déco em 1932 pelo então governador Huey Long, que gastou US$ 5 milhões na obra, o prédio tem um observatório -aberto das 8h30 às 17h- no 27º andar, de onde se divisa a imensidão do rio e a infinidade de parques ao redor de Baton Rouge.
A construção da torre, obra-prima do estilo, encerrou à época muita polêmica, pois o país vivia a Grande Depressão. O próprio Huey Long foi assassinado dentro do prédio, em 1935.


Silvio Cioffi, editor de Turismo, viajou a convite do Depto. de Turismo do Estado da Louisiana e da Delta Air Lines.


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