São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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LOUISIANA, 200

Tour mostra animais e árvores de pântano

DO ENVIADO ESPECIAL À LOUISIANA

Há 15 anos explorando um tipo de pântano ("swamp") que os locais chamam de "bayou", Dean Wilson diz que o único animal selvagem que habita essa região se chama "gente".
Dirigindo uma lancha que leva no máximo seis pessoas ou capturando pitus ("crawfishes") em armadilhas submersas penduradas em galhos de árvores centenárias que brotam dentro da água, o ecologista vive em função do Bayou Sorrel, que integra o intrincado pântano de Atchafalaya, que se estende por 323.760 hectares nos arredores de Baton Rouge.
Apesar do nome, Dean Wilson, um especialista em rios norte-americanos, é espanhol. Ele adotou o rio Mississippi, de onde vem a água dos "bayous", mas conhece toda a malha fluvial do país.
Para ele, "os EUA têm o maior sistema de transporte de água doce no planeta, pois os rios se conectam por eclusas e, assim, há navegação de carga para praticamente qualquer lugar".
Durante o "swamp tour" de duas horas (www.lastwildernesstours.com; tel. local 225/659-2499), o ecologista narra como os índios viviam do pântano e descreve sua história a partir do mapeamento e da sinalização feitos por pioneiros em 1800.
De lá para cá, os "bayous", que ocupavam enormes extensões da Louisiana, foram reduzidos. Crítico da devastação ainda em curso, Wilson censura a lei que, em 1856, permitiu que empresas madeireiras cortassem as árvores até o limite da quase extinção, em 1920.
O passeio (US$ 20 para adultos e US$ 10 para crianças de até dez anos) identifica ciprestes (da família das sequóias, que podem viver 1.300 anos) e chorões (maiores que as árvores congêneres no Brasil). Com sorte, dá para divisar ninhos de castores e focar jacarés, tartarugas, veados e felinos selvagens, além de inúmeros pássaros.
Há ainda quem mostre como é o pântano nos arredores de Nova Orleans em lanchas rápidas (no site www.airboatswamptours.com há passeios de uma hora que custam US$ 50) e até em hidroaviões (no site www.bayou-airtours.com, vôos de 35 minutos custam US$ 50). (SILVIO CIOFFI)

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