DO ENVIADO ESPECIAL À LOUISIANA

Os 200 anos da compra da Louisiana serão celebrados em 2003, e o site www.louisianapurchase2003.com já lista os eventos alusivos à data em que Thomas Jefferson, então presidente dos EUA, comprou de Napoleão Bonaparte, que era imperador da França, uma área de 2 milhões de km², pagando por ela US$ 15 milhões em dinheiro de 1803.
A aquisição dobrou a área dos EUA, aplainando o caminho para que o país se tornasse uma potência mundial.
Mas Napoleão tinha as suas razões: precisava do dinheiro para consolidar seu poderio militar. E não é só, o imperador temia que esse território, que vai do sul das montanhas Rochosas até onde o rio Mississippi deságua no golfo do México, pudesse ser reivindicado pelos espanhóis. De fato, a Louisiana havia sido cedida secretamente pelo Tratado de Fontainebleau (1762) para a Espanha, mas foi devolvida, e a situação não parecia muito firme.
Foi bom negócio para ambos. Napoleão não via muito como manter, na América do Norte, o território vasto que a França herdara em 1682, no reinado de Luís 14 -de onde vem o nome Louisiana-, visto então como um charco de jacarés habitado por índios e escravos vindos da África.
Já Jefferson protagonizou o maior negócio imobiliário de todos os tempos, tirando cidades como Baton Rouge e Nova Orleans, onde o jazz nasceu, de seu ritmo modorrento.
A agricultura trouxe prosperidade às "plantations" à beira do rio, barcos a vapor tomaram conta da paisagem levando e trazendo riquezas e, em 1812, a região foi elevada à condição de 18º Estado dos EUA, adotando o pelicano como símbolo de sua bandeira.
No ano que vem, os eventos que marcam o bicentenário da integração da Louisiana aos EUA terão lugar em todo o Estado.
Na capital, Baton Rouge, a velha sede do governo conhecida como Old State Capitol (www.sec.state.la.us) mostrará documentos dos National Archives. A cidade também terá mostra de pinturas e apresentações da orquestra sinfônica estadual, que tocará a peça "A Compra da Louisiana: Magnífico Investimento". (SC)


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