São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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TUDO "THAI"

Ternos em camelôs são feitos em 24h, a US$ 90

Artigos pirateados de dia e energéticos alcoólicos à noite são o atrativo de rua movimentada de Bancoc

DO ENVIADO ESPECIAL À TAILÂNDIA

A Khao San road é uma rua curta, de duas quadras, mas é parada curiosa para o turista "farang" em Bancoc. As calçadas são tomadas por barracas de camelôs de produtos pirateados. De relógios "suíços" por US$ 20 a diplomas universitários "legítimos", tem de tudo.
Além de se entreter vendo o bazar e as barganhas entre tailandeses e turistas, é possível até fazer um terno sob medida por menos de US$ 90.
O cliente opta pelo tecido e pelo estilo do traje que os alfaiates -indianos fiéis ao estilo britânico- aprontam em 24 horas. Dá até para escolher a grife da etiqueta.
A Khao San road é movimentada à noite, quando bancas servem bebida aos baldes. Não é força de expressão. O coquetel tailandês é servido num recipiente similar aos que as crianças usam para brincar na areia no Brasil. No kit, vem uma garrafa de bolso de uísque local (ou de uma bebida destilada), um energético e uma latinha de refrigerante. O gelo é cortesia.
Além da quantidade grande de álcool, o balde faz estragos por causa do energético. O produto à venda na Tailândia não tem gás e parece mais concentrado. A propaganda da marca mais popular na TV já assusta, ao retratar um jovem franzino pulando cheio de coragem do alto de uma cachoeira depois de ingerir o energético.

Exploração deplorável
Com ou sem baldes na cabeça, há quem busque outro aspecto difundido do turismo tailandês: a deplorável exploração sexual infantil. Apesar de avanços no combate à prostituição de menores, ela prolifera na Tailândia, reflexo de uma sociedade que não define claramente a linha que separa menores e maiores de idade.

Luta de meninos
Numa noitada de lutas de muay thai, o boxe tailandês, um dos principais espaços de Bancoc destinado ao esporte promoveu o confronto entre dois garotos de 11 anos como atração preliminar do evento.
Nos corneres do ringue (um deles com a presença de um policial), seus pais incentivavam chutes na cabeça do garoto rival. Depois da luta, o menino vencedor recebeu dinheiro do coordenador das apostas. (LF)


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