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TUDO "THAI"
Ternos em camelôs são feitos em 24h, a US$ 90
Artigos pirateados de dia e energéticos alcoólicos à noite são o atrativo de rua movimentada de Bancoc
DO ENVIADO ESPECIAL À TAILÂNDIA
A Khao San road é uma rua
curta, de duas quadras, mas é
parada curiosa para o turista
"farang" em Bancoc. As calçadas são tomadas por barracas
de camelôs de produtos pirateados. De relógios "suíços" por
US$ 20 a diplomas universitários "legítimos", tem de tudo.
Além de se entreter vendo o
bazar e as barganhas entre tailandeses e turistas, é possível
até fazer um terno sob medida
por menos de US$ 90.
O cliente opta pelo tecido e
pelo estilo do traje que os alfaiates -indianos fiéis ao estilo
britânico- aprontam em 24
horas. Dá até para escolher a
grife da etiqueta.
A Khao San road é movimentada à noite, quando bancas
servem bebida aos baldes. Não
é força de expressão. O coquetel tailandês é servido num recipiente similar aos que as
crianças usam para brincar na
areia no Brasil. No kit, vem uma
garrafa de bolso de uísque local
(ou de uma bebida destilada),
um energético e uma latinha de
refrigerante. O gelo é cortesia.
Além da quantidade grande
de álcool, o balde faz estragos
por causa do energético. O produto à venda na Tailândia não
tem gás e parece mais concentrado. A propaganda da marca
mais popular na TV já assusta,
ao retratar um jovem franzino
pulando cheio de coragem do
alto de uma cachoeira depois
de ingerir o energético.
Exploração deplorável
Com ou sem baldes na cabeça, há quem busque outro aspecto difundido do turismo tailandês: a deplorável exploração
sexual infantil. Apesar de avanços no combate à prostituição
de menores, ela prolifera na
Tailândia, reflexo de uma sociedade que não define claramente a linha que separa menores e maiores de idade.
Luta de meninos
Numa noitada de lutas de
muay thai, o boxe tailandês, um
dos principais espaços de Bancoc destinado ao esporte promoveu o confronto entre dois
garotos de 11 anos como atração preliminar do evento.
Nos corneres do ringue (um
deles com a presença de um policial), seus pais incentivavam
chutes na cabeça do garoto rival. Depois da luta, o menino
vencedor recebeu dinheiro do
coordenador das apostas.
(LF)
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