São Paulo, Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2000


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Pedestres sofrem na mão dos motoristas

especial para a Folha

O transporte coletivo ainda é falho. Há poucos ônibus, e o sistema ferroviário não sobreviveu à guerra civil.
A locomoção mais comum dá-se por táxis coletivos e, sobretudo, automóveis particulares.
É justamente aí que mora a insegurança, segundo a opinião dos guias turísticos locais: o perigo real no Líbano é o trânsito.
Como pontifica o guia "Lonely Planet": precisa-se de nervos de aço para atravessar a rua Hamra.
Motivo: ninguém respeita os semáforos.
A "novidade" foi reintroduzida recentemente, após a volta da eletricidade.

Aventura urbana
Filas de automóveis, em que todos os motoristas (sem usar o cinto de segurança) acham que precisam buzinar ao menos uma vez por minuto, fluem sem brechas.
E mais: se quiser atravessar, não espere pela vez, pois dessa forma você não sai do lugar.
O jeito é fazer como a população local, que atravessa ziguezagueando entre os carros em movimento.
Caso algum carro venha numa velocidade alta, como em qualquer lugar do mundo, não tente barrá-lo. Entretanto, se vier em velocidade normal, prossiga que o motorista o deixará passar.
Não precisa de nervos de aço: apenas total confiança na perícia dos motoristas que vir atravessar ordenada e lentamente, ao mesmo tempo, as duas direções de uma encruzilhada -às buzinadas, mas sem guardas e sem xingamentos.

Saídas
Há soluções inusitadas: num engarrafamento na estrada para Beirute, um senhor de terno escuro abandona seu BMW e segue caminhando.
Algum tempo depois, dois rapazes aparecem e empurram o carro até o acostamento.
Veículos sobre duas rodas têm seus privilégios: um jovem montado numa Vespa segue alegremente pela contramão, falando no seu celular. (FM)


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