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CALIFÓRNIA 2003
Em agosto, lagos do parque nacional viram um punhado de areia fofa e cataratas abrigam escaladas
Yosemite muda de paisagem nas estações
DA ENVIADA ESPECIAL À CALIFÓRNIA
El Capitan, Half Dome e Três Irmãos. Nem é preciso guardar o
nome dos três "brinquedos" mais
procurados no maior parque da
Califórnia. Por onde quer que se
ande pelo Parque Nacional de Yosemite, essas rochas-gigantes de
granito são onipresentes.
Meca para montanhistas, não é
preciso ser um deles para se divertir em Yosemite, que fica no lado
leste do Estado, na região conhecida por High Sierras.
Emoldurado por pedras de granito, o parque esconde no seu interior cachoeiras, lagos, rios e
uma vegetação rasteira típica,
chamada de "meadows".
Pode-se desvendar o parque a
pé, a cavalo (US$ 20), de carro, de
bicicleta (US$ 5,50 por hora ou
US$ 20 por dia), de ônibus aberto
(US$ 20) ou mesmo de bote inflável (fazendo rafting), este último
fora da época da seca. Independentemente da escolha, prepare-se para surpresas.
Não só a formação geológica
das pedras deixa o turista atônito,
mas também os inesperados esquilos, racuns e até ursos que não
pedem licença para cruzar o caminho. No parque há 1.500 espécies de plantas, 75 de mamíferos e
mais de 240 de pássaros.
Aviso: é comum ver cervos no
meio da vegetação, mas siga a
tríade do guarda-florestal para
um bom convívio: "Não alimente,
não toque, não perturbe".
A melhor época para vasculhar
o parque é entre abril e meados de
outubro. Na primavera do hemisfério Norte (de março a junho),
além de o turista acompanhar a
vegetação explodir em cores vivas, ele aproveita para usufruir
rios, lagos e cachoeiras.
Já em agosto, as quedas-d'água
viram pontos para escalada, os
rios servem para refrescar os pés,
e os lagos..., bem, a areia é fofa.
Yosemite Valley
O parque tem três centros para
receber os visitantes: o Yosemite
Valley, o mais procurado pelos
turistas e com a melhor infra-estrutura; o Wawona, onde há concentração das famosas sequóias-gigantes, em Mariposa Grove; e o
Tuolumne, a porção mais a leste
do parque e talvez a mais inóspita.
Apesar das particularidades de
cada um desses cantos, é no Yosemite Valley que estão as vedetes:
as pedras de granito El Capitan
(2.307 m) e Half Dome (2.675 m),
o lago Mirror, as cataratas Yosemite (739 m), compostas pela Upper Yosemite (435 m), pela Lower
Yosemite (98 m) e por outras cascatas intermediárias. Concorrem
também como mais procurados
os rios Merced e Tenaya.
Desvendar parte ínfima do parque, de 3.030 km2, requer muitos
dias e disposição. As trilhas e os
achados podem ser diferentes em
cada meio de transporte. Embora
as pedaladas acelerem o passeio,
para chegar aos pontos principais, a finalização tem de ser a pé.
Visível em vários passeios, o
Half Dome é um dos paredões coqueluches do parque. Conforme
bate a luz, a pedra fica alaranjada.
As camadas da rocha lembram as
de uma cebola a ser descascada.
Os pontinhos que parecem formigas são os montanhistas.
Para todos os caminhos há sinalização. Os frutos da trilha até o lago Mirror rendem uma imagem
em dose dupla do Half Dome, já
que a pedra se espelha na água.
Nas cataratas Yosemite, na falta
de água, turistas saltam pedra por
pedra até chegar ao ponto mais alto ou por onde ainda conseguem
ver escorrer um filete de água.
Quando estiver esgotado, dê um
tempo no museu de Yosemite Val
ley. Além das explicações através
de vídeos sobre a transformação
geológica da área desde a Era do
Gelo na região, aprende-se um
pouco sobre a história e a cultura
dos primeiros moradores do local, os índios miwoks e paiutes.
Há uma vila Ahwahnee reconstruída, com tendas e um cemitério. O museu funciona diariamente das 9h às 16h30.
Onde ficar
Há três possíveis entradas para
o parque. O ideal é entrar por um
portão (Highway 140, El Portal) e
sair por outro (Highway 41). Cada
veículo paga US$ 20 para ter acesso livre ao Yosemite por um período de sete dias.
Para se hospedar no parque, reserve com antecedência (www.
yosemitepark.com/html/
accommodation.html).
Os preços variam de US$ 39, em
camping, a US$ 348, no rústico e
elegante The Ahwahnee. Uma
boa opção é ficar num dos vários
hotéis na entrada do parque da
Highway 140.
(MARGARETE MAGALHÃES)
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