|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MARCO ALEMÃO
Trem e metrô só não são melhores que andar a pé
Ao comprar o tíquete do transporte público, é preciso validá-lo para não ser "convidado" a sair do vagão
DA ENVIADA ESPECIAL A BERLIM
Ir de um canto a outro de
trem ou metrô é muito fácil -e
mesmo prazeroso- quando se
trata de uma metrópole como
Berlim. Tudo muito limpo, rápido e organizado, com previsão de horário para chegada de
cada um e itinerário eletrônico
em quase todas as plataformas.
Nas estações, é possível comprar tíquetes que servem para
um, três ou sete dias consecutivos, que podem ser usados
quantas vezes for preciso em
qualquer um desses dois meios
de transporte.
Depois de se irritar um tanto
com o caixa eletrônico que vende o tíquete -no caso daqueles
que não têm informações em
inglês-, não se esqueça de validá-lo nas máquinas vermelhas
instaladas nas plataformas.
Não há roleta ou cobrador.
Guardinhas fazem uma ronda
pelos vagões, de tempos em
tempos, pedindo para ver a passagem. A dica é deixá-la sempre
à mão, no bolso ou na carteira,
para evitar o mico de ser expulso do trem porque não a encontrou na hora da abordagem.
As estações estão por toda a
cidade. Por isso, além do guia
de ruas, ande sempre com o
mapa das linhas de trem (indicadas por "S") e de metrô (indicadas por "U").
Apesar de todas as vantagens
do transporte público e de sempre haver uma estação perto do
ponto turístico que se deseja
conhecer, o melhor a fazer na
cidade é bater perna.
Para visitar o portão de Brandemburgo, o Tiergarden e o
Reichstag, por exemplo, que
são bastante próximos uns dos
outros, será um desperdício
descer na estação de trem Unter den Linden, que fica a poucos metros dessas atrações.
Mapas em punho, desça bem
antes e caminhe na longa rua
que dá nome à estação, uma das
mais famosas de Berlim, para
contemplar os prédios restaurados depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), seus
restaurantes, lojas e cafés.
Paradas literárias
Estando na Unter den Linden, aproveite para garimpar
na barraca de livros da Humboldt Universität (www.hu-berlin.de). Em frente ao portão, há tendas de vendedores
de livros de segunda mão.
Em 1938, por não aceitar judeus, a universidade rejeitou a
matrícula de Marcel Reich-Ranicki, considerado o papa da
crítica literária alemã.
No ano passado, a instituição
reconheceu publicamente a injustiça, dando a ele o título de
doutor honoris causa.
Outra parada para amantes
da literatura são as bibliotecas
públicas da cidade (http://staatsbibliothek-berlin.de).
A que fica na Unter den Linden
foi construída entre 1903 e
1914 e abriga parte do acervo de
mais de seis milhões de volumes. O passeio por essa rua vai
revelar também o Neue Wache,
memorial para as guerras e a
ditadura.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
Texto Anterior: Marco alemão: Três grandes avenidas da cidade contam história nas construções Próximo Texto: Marco alemão: Mitte abriga as lojas mais descoladas da cidade Índice
|