São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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MARCO ALEMÃO

Trem e metrô só não são melhores que andar a pé

Ao comprar o tíquete do transporte público, é preciso validá-lo para não ser "convidado" a sair do vagão

DA ENVIADA ESPECIAL A BERLIM

Ir de um canto a outro de trem ou metrô é muito fácil -e mesmo prazeroso- quando se trata de uma metrópole como Berlim. Tudo muito limpo, rápido e organizado, com previsão de horário para chegada de cada um e itinerário eletrônico em quase todas as plataformas.
Nas estações, é possível comprar tíquetes que servem para um, três ou sete dias consecutivos, que podem ser usados quantas vezes for preciso em qualquer um desses dois meios de transporte.
Depois de se irritar um tanto com o caixa eletrônico que vende o tíquete -no caso daqueles que não têm informações em inglês-, não se esqueça de validá-lo nas máquinas vermelhas instaladas nas plataformas.
Não há roleta ou cobrador. Guardinhas fazem uma ronda pelos vagões, de tempos em tempos, pedindo para ver a passagem. A dica é deixá-la sempre à mão, no bolso ou na carteira, para evitar o mico de ser expulso do trem porque não a encontrou na hora da abordagem.
As estações estão por toda a cidade. Por isso, além do guia de ruas, ande sempre com o mapa das linhas de trem (indicadas por "S") e de metrô (indicadas por "U").
Apesar de todas as vantagens do transporte público e de sempre haver uma estação perto do ponto turístico que se deseja conhecer, o melhor a fazer na cidade é bater perna.
Para visitar o portão de Brandemburgo, o Tiergarden e o Reichstag, por exemplo, que são bastante próximos uns dos outros, será um desperdício descer na estação de trem Unter den Linden, que fica a poucos metros dessas atrações.
Mapas em punho, desça bem antes e caminhe na longa rua que dá nome à estação, uma das mais famosas de Berlim, para contemplar os prédios restaurados depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), seus restaurantes, lojas e cafés.

Paradas literárias
Estando na Unter den Linden, aproveite para garimpar na barraca de livros da Humboldt Universität (www.hu-berlin.de). Em frente ao portão, há tendas de vendedores de livros de segunda mão.
Em 1938, por não aceitar judeus, a universidade rejeitou a matrícula de Marcel Reich-Ranicki, considerado o papa da crítica literária alemã.
No ano passado, a instituição reconheceu publicamente a injustiça, dando a ele o título de doutor honoris causa.
Outra parada para amantes da literatura são as bibliotecas públicas da cidade (http://staatsbibliothek-berlin.de). A que fica na Unter den Linden foi construída entre 1903 e 1914 e abriga parte do acervo de mais de seis milhões de volumes. O passeio por essa rua vai revelar também o Neue Wache, memorial para as guerras e a ditadura. (PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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