DA REPORTAGEM LOCAL

A oferta de vôos fretados para Bariloche transformará de novo a cidade argentina numa "Brasiloche", como brincam seus freqüentadores. A CVC e a Agaxtur, por exemplo, aumentaram em 30% cada uma a oferta de vagas ao destino e acreditam que venderão tudo na temporada.
Apenas a CVC oferece no total oito vôos fretados por semana a partir de São Paulo, Recife, Brasília, Rio, Curitiba e Porto Alegre. "Embarcamos 8.000 passageiros para lá em 2003, número que deve subir para 12 mil neste ano", diz Luis Soto, gerente comercial de América do Sul e Taiti da CVC. A operadora terá um funcionário próprio na montanha para dar apoio aos seus clientes.
Além dos dois aviões fretados por semana, a Agaxtur divide a operação de um terceiro com a RCA, que não tem tradição em pacotes de neve, mas decidiu investir no segmento ao sentir sua força, segundo o supervisor de operações da empresa Fabio Craveiro. Também a Fenix e a Calcos têm vôos fretados para a cidade durante a temporada.
O boom de Bariloche não esvazia as outras estações na opinião de Patrícia Maradei, diretora de marketing da Ski Brasil, pois os veteranos nas pistas preferem estações que tenham mais neve e cujos hotéis sejam muito próximos das pistas.
A cidade argentina tem capacidade para receber tanta gente? A resposta é positiva na opinião de Pablo Chiavon, supervisor da Agaxtur em Bariloche. Segundo ele, o destino tem investido alto em infra-estrutura turística para recuperar o glamour de outrora.
Ele lembra que nos últimos dois anos ali foram inaugurados cinco hotéis de luxo e provavelmente outros quatro devem ser abertos até 2006. Só o luxuoso Llao Llao concluiu uma grande reforma no ano passado e ainda tem um projeto de construir mais 40 quartos até o fim de 2005.
Como opção de restaurante na cidade, Chiavon indica o La Cueva, numa construção de gelo ao qual se chega de moto de neve. "A aventura da chegada vale mais que o próprio jantar", comenta Chiavon. (MV)


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