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ONDA PORTENHA
Bairro moderninho a 15 minutos do centro de Buenos Aires tem lojas e restaurantes criativos e divertidos
Palermo Viejo espalha sofás nas calçadas
MARGARETE MAGALHÃES
EM BUENOS AIRES
Para fugir do movimentado sobe-e-desce da calle Florida ou experimentar o lado mais vanguardista de Buenos Aires, que não está na elegante Recoleta, experimente ter uma "buena onda" no
bairro de Palermo Viejo, que alguns chamam de Palermo SoHo
ou ainda Palermo Hollywood.
Além de ser superarborizado e
ter uma arquitetura particular,
com casas dos anos 1930 e 1940,
Palermo Viejo é o centro da moda
e da decoração mais divertidas e
criativas e dos restaurantes mais
descolados da cidade. Um lugar
para ir e voltar várias vezes.
O bairro começou a se tornar
moderninho há cerca de quatro
anos, e os verdadeiros precursores do boom de Palermo Viejo foram os artesãos, que vendiam
seus trabalhos na feira artesanal.
"Quem transformou isso num
circuito de compras e turístico foram os jovens que não tinham dinheiro para vender produtos em
lojas", diz María José Wuillie-
Bille, "personal shopper" do chique hotel Alvear, o mais tradicional da capital portenha.
A tal feira acontece aos sábados
e domingos na plaza Cortázar -o
coração do bairro nos finais de semana, que fica lotado não só de
turistas mas principalmente de
portenhos. Além da feira na praça, os bares em volta dela funcionam nesses dias também como
um mercadão de roupas.
O bairro é bastante eclético.
Sem dinheiro para abrir lojas em
Palermo Viejo, que se tornou um
lugar caro, os novos estilistas se
espremem e instalam suas araras
umas ao lado das outras na Feria
Urbana (www.feriaurbana.com.ar), dentro do bar Brujas, e
expõem roupas femininas, masculinas e infantis, bijuterias, acessórios e peças artesanais, com
preço médio de 25 pesos.
A feira convive com várias lojas
de grife, como Trosman, Jazmín
Chebar, Uma, Mishka (veja abaixo endereços com comentários de
Wuillie-Bille), concentradas nas
ruas El Salvador, Honduras, Armenia, Uriarte e J. L. Borges.
Outras lojas de marca procuram um endereço nas vizinhanças
e reformam as charmosas casas
PH (pronuncia-se "pê átche"),
iniciais para propriedade horizontal, mais popularmente chamadas de casas "chorizo", que se
parecem mesmo com uma lingüiça: têm poucos metros de frente e
muitos de fundo.
Como uma coisa puxa a outra, a
moda abriu espaço para bons restaurantes, que, por sua vez, dividem seu espaço interno para livrarias, sessões de filme e exposições. É o caso do Un Gallo para
Esculapio, que no primeiro piso
comporta livraria e auditório.
Os bares, os restaurantes e os cafés do bairro espalham sofás e cadeiras nas calçadas, que têm freqüentadores diurnos e noturnos.
Aproveite os descontos dos restaurantes no almoço com o "menu do dia".
Feria Urbana - J.L.Borges, 1.640. Sábados e domingos, das 13h30 às 19h45.
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