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TERRA SANTA E DIVIDIDA
Cidades mesclam sensações de tensão segurança nas ruas
Viagem requer diversos cuidados especiais; aproveite para provar a multifacetada culinária israelense
PRISCILA PASTRE-ROSSI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Até Zurique, a partir de Guarulhos, em São Paulo, são 12 horas de vôo. De lá, é preciso encarar mais quatro horas de viagem até o aeroporto de Ben Gurion, na capital Tel Aviv.
Antes de ficar mais 50 minutos dentro de um carro até Jerusalém, reserve uma quantidade incerta de minutos -ou
de horas- para explicar aos oficiais da alfândega o que foi fazer naquele país.
Se depois de ir a Israel e à Palestina o visitante planeja conhecer países muçulmanos,
com exceção do Egito e da Jordânia, ele deve pedir na imigração para que não carimbem o
passaporte -e, sim, o formulário de imigração que é preenchido durante o vôo.
Mas a viagem para Israel não
começa precisamente na hora
em que o turista entra no avião.
Antes de fazer as malas, a dica é
ficar atento ao noticiário sobre
o local, para evitar surpresas.
A sensação de estar em um
palco de tantos conflitos chega
a ser dúbia. Ao mesmo tempo
que o clima de tensão paira no
ar no meio de tanta mistura religiosa e do humor dos soldados
israelenses, cidades como Jerusalém e Belém, normalmente cheias de turistas, podem
render uma sensação de segurança inesperada.
Morador do Rio de Janeiro, o
enviado especial da Folha, Pedro Carrilho, garante ter se
sentido mais seguro caminhando à noite por essas duas cidades do que perambulando por
ruas cariocas.
O clima fica mais complicado
em Hebron -onde ele chegou a
ouvir tiros à distância (nada
muito diferente do que está
acostumado a ouvir próximo às
favelas do Rio, garante)- e em
Nablus. Antes de pensar em colocá-las no roteiro, volta a valer
a dica de ficar atento ao noticiário da região.
Transporte e barreiras
Para se locomover na Palestina há táxis que trabalham como uma espécie de "lotação".
Em Jerusalém, há ônibus urbanos separados para judeus e
árabes, mas o visitante pode
usar qualquer um deles.
Não há um transporte público que cruze as fronteiras entre
as cidades demarcadas pelos
"check points". Para ir de uma
para outra é preciso trocar de
veículo. Quem está de carro
particular pode fazer a travessia sem esse problema -não
sem antes ser abordado nos
"check points", claro.
Vale contratar um guia. Além
de ele conhecer bem os lugares,
poderá intermediar as conversas com os soldados.
Comer para chuchu
As melhores cidades para comer são Jerusalém e Tel Aviv,
que têm bons restaurantes. Há
opções de lanchonetes fast
food, culinárias chinesa, indonésia, francesa e italiana.
Mas aproveite a chance para
provar a gastronomia israelense. Tanta mistura cultural resultou em pratos como o charuto marroquino (massa fina e
frita recheada de carne moída e
pimenta) e o mussakhan (prato
palestino feito com frango assado e amêndoas, cebola e especiarias sobre um pão).
Dependendo da fome, um
shawarma, lanche vendido em
barracas na rua e que custa 15
shekels (R$ 7,50), pode fazer as
vezes de um almoço.
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