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Crise no setor será a pior desde a Guerra do Golfo
DA REUTERS
O turismo global deve enfrentar a pior crise no setor desde a Guerra do Golfo, em 1991.
Segundo analistas, o mercado
deve sentir os efeitos negativos
dos ataques terroristas da semana passada contra as torres
do World Trade Center e o
Pentágono (EUA) por vários
anos, e os próprios americanos
devem ficar mais em casa.
"Naquela época [1991", bilhões de dólares foram perdidos, e as empresas aéreas sofreram muito. Os americanos pararam de fazer viagens internacionais", disse Phil Davies, editor da "Travel Trade Gazette",
em Londres. "Potencialmente,
a crise atual será muito pior."
Especialistas disseram que
principalmente os turistas norte-americanos ficarão mais
nervosos do que nunca para
viajar ao exterior. Mas, em todas as partes do mundo, as pessoas estão cancelando os vôos e
preferindo ficar em casa.
A maioria das operadoras e
das agências está reticente em
estimar os prejuízos. Segundo a
Organização Mundial do Turismo, com sede em Madri, o
impacto no setor será "enorme", mas ainda é muito cedo
para fazer uma avaliação, pois
os desdobramentos da tragédia
são imprevisíveis.
Números
Embora os gastos do turismo
global tenham aumentado nos
últimos 15 anos, esse crescimento foi menor durante a
Guerra do Golfo.
Enquanto a receita no turismo internacional aumentou
19,2% entre 1989 e 1990 -passando de US$ 221 bilhões para
US$ 263,4 bilhões-, em 1991, o
crescimento foi de 5%, atingindo o valor de US$ 276,6 bilhões.
Mas o efeito em determinados mercados foi mais significativo. Segundo a Autoridade
de Turismo Britânica, o número de visitantes dos EUA para o
Reino Unido despencou após a
guerra. Em 1990, 1,5 milhão de
norte-americanos estiveram
no país, contra cerca de 1 milhão em 1991. Os visitantes dos
EUA só ultrapassaram a marca
de 1990 cinco anos mais tarde,
quando 1,57 milhão de norte-americanos foram à ilha.
Na Grécia, autoridades do setor prevêem que a indústria de
cruzeiros seja bastante afetada.
Dos 12,6 milhões de turistas
que o país recebeu em 2000,
cerca de 230 mil eram americanos, que viajavam em grupo e
preferiam fazer cruzeiros.
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