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NAVIOS NA PROA
Burocracia é menor, mas merece atenção
Jornalzinho diário detalha rotina da navegação, excursões oferecidas em terra e programação de bordo
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Viajar de transatlântico é como fazer várias viagens numa
só. No lugar da rotina que inclui, nas viagens aéreas, fazer
check-in antes de cada cidade
visitada, o embarque dos transatlânticos contempla passageiros com relativamente menos trabalho e, uma vez a bordo, não há a necessidade de arrumar e desarrumar as malas.
Mas, é bom lembrar, a rotina
burocrática existe no início e
no fim de cada cruzeiro, merecendo atenção especial.
No porto de embarque, além
da apresentação do documento
pessoal e da passagem, é preciso marcar o turno (em geral há
dois horários) e escolher a mesa em que se vai fazer as refeições nos restaurantes formais.
As malas são entregues etiquetadas e aparecem, horas depois, dentro da cabine. Não é
permitido levar bebidas -alcoólicas e não alcoólicas- e,
quando detectadas pelo raio-X,
as garrafas são confiscadas e só
devolvidas no fim do cruzeiro.
Nessa circunstância, uma
malinha de mão com objetos
pessoais e até uma roupa de banho pode propiciar mais conforto e o desfrute imediato das
áreas de lazer da embarcação
antes mesmo da partida.
Ainda no check-in, um cartão
de crédito para garantir as despesas extras tomadas a bordo,
em geral relativas a bebidas e
passeios, também é bem-vindo.
Caso contrário o passageiro
precisa fazer um depósito em
dinheiro para garanti-los.
No fim da viagem há um
check-out de desembarque,
que inclui conferir a conta das
despesas de bordo (uma soma
detalhada será colocada debaixo da porta, na última madrugada) e, de véspera, até a hora
comunicada pela tripulação,
colocar as malas para fora da
cabine para apanhá-las na manhã seguinte, no saguão de desembarque.
Programe na véspera
A rotina da navegação é esmiuçada no jornalzinho diário
que, distribuído na noite anterior, conta a história do local
que será visitado, dá detalhes
da geografia da navegação,
anuncia excursões e elenca as
atrações da programação de
bordo para a jornada seguinte.
Em geral, quando não é dia
apenas de navegação, por volta
das 9h da manhã o transatlântico já está atracado no porto de
destino. De noite, por volta das
19h, o navio deixa a terra.
Os passeios oferecidos a bordo são variados e cobrados a
parte. Alguns, sofisticados, podem custar caro e incluir até refeições, "day-use" em hotéis
nos locais visitados, passeios de
barco, transfers e etc. Outros,
mais simples, levam o passageiro para passeios mais triviais,
com guias, a pé ou de ônibus.
Em qualquer hipótese, convém ter sempre em mente a hora de retornar à embarcação
-passageiros retardatários ficam por sua conta e risco para
reembarcar no próximo destino. Levar um xerox do documento pessoal, uma mochila
para guardar câmeras e valores,
roupas e sapatos confortáveis
deve fazer parte da rotina.
Há dois tipos de aportagens:
uma em que navio atraca junto
ao porto e outra em que, parando ao largo da costa, faz com
que os passageiros necessitem
alcançar a terra firme nas lanchas do navio, num procedimento mais demorado.
Antes de decidir pela compra
da excursão, também é preciso
saber se a cidade fica próxima
ou distante do ponto de desembarque ou se é necessário andar
muito ou tomar um táxi.
Quando a cidade é conhecida
do passageiro, arriscar o passeio solo pode valer a pena.
Mas, se tudo é novo, talvez seja
o caso de escolher uma excursão adequada à sede de aventura ou de conhecimento de cada
destino.
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