São Paulo, quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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NAVIOS NA PROA

Burocracia é menor, mas merece atenção

Jornalzinho diário detalha rotina da navegação, excursões oferecidas em terra e programação de bordo

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Viajar de transatlântico é como fazer várias viagens numa só. No lugar da rotina que inclui, nas viagens aéreas, fazer check-in antes de cada cidade visitada, o embarque dos transatlânticos contempla passageiros com relativamente menos trabalho e, uma vez a bordo, não há a necessidade de arrumar e desarrumar as malas.
Mas, é bom lembrar, a rotina burocrática existe no início e no fim de cada cruzeiro, merecendo atenção especial.
No porto de embarque, além da apresentação do documento pessoal e da passagem, é preciso marcar o turno (em geral há dois horários) e escolher a mesa em que se vai fazer as refeições nos restaurantes formais.
As malas são entregues etiquetadas e aparecem, horas depois, dentro da cabine. Não é permitido levar bebidas -alcoólicas e não alcoólicas- e, quando detectadas pelo raio-X, as garrafas são confiscadas e só devolvidas no fim do cruzeiro.
Nessa circunstância, uma malinha de mão com objetos pessoais e até uma roupa de banho pode propiciar mais conforto e o desfrute imediato das áreas de lazer da embarcação antes mesmo da partida.
Ainda no check-in, um cartão de crédito para garantir as despesas extras tomadas a bordo, em geral relativas a bebidas e passeios, também é bem-vindo. Caso contrário o passageiro precisa fazer um depósito em dinheiro para garanti-los.
No fim da viagem há um check-out de desembarque, que inclui conferir a conta das despesas de bordo (uma soma detalhada será colocada debaixo da porta, na última madrugada) e, de véspera, até a hora comunicada pela tripulação, colocar as malas para fora da cabine para apanhá-las na manhã seguinte, no saguão de desembarque.

Programe na véspera
A rotina da navegação é esmiuçada no jornalzinho diário que, distribuído na noite anterior, conta a história do local que será visitado, dá detalhes da geografia da navegação, anuncia excursões e elenca as atrações da programação de bordo para a jornada seguinte.
Em geral, quando não é dia apenas de navegação, por volta das 9h da manhã o transatlântico já está atracado no porto de destino. De noite, por volta das 19h, o navio deixa a terra.
Os passeios oferecidos a bordo são variados e cobrados a parte. Alguns, sofisticados, podem custar caro e incluir até refeições, "day-use" em hotéis nos locais visitados, passeios de barco, transfers e etc. Outros, mais simples, levam o passageiro para passeios mais triviais, com guias, a pé ou de ônibus.
Em qualquer hipótese, convém ter sempre em mente a hora de retornar à embarcação -passageiros retardatários ficam por sua conta e risco para reembarcar no próximo destino. Levar um xerox do documento pessoal, uma mochila para guardar câmeras e valores, roupas e sapatos confortáveis deve fazer parte da rotina.
Há dois tipos de aportagens: uma em que navio atraca junto ao porto e outra em que, parando ao largo da costa, faz com que os passageiros necessitem alcançar a terra firme nas lanchas do navio, num procedimento mais demorado.
Antes de decidir pela compra da excursão, também é preciso saber se a cidade fica próxima ou distante do ponto de desembarque ou se é necessário andar muito ou tomar um táxi.
Quando a cidade é conhecida do passageiro, arriscar o passeio solo pode valer a pena. Mas, se tudo é novo, talvez seja o caso de escolher uma excursão adequada à sede de aventura ou de conhecimento de cada destino.


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