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CITY TOUR
Fique atento à vista e ao táxi
do enviado especial
Capital com perfil recém-moldado por torres
pós-modernas, Kuala Lumpur
tem cerca de 400 anos, mas só
cresceu aceleradamente com a
descoberta do estanho, em
meados do século passado.
Desde então, à sua arquitetura típica, antes marcada por
prédios de madeira com telhados avançados, somaram-se as
ruas de casinhas geminadas
-que também existem em
Cingapura-, os templos budistas e hinduístas, além dos
suntuosos prédios mouriscos.
O passeio por Kuala Lumpur
pode ser feito de táxi. Mesmo
nas corridas longas, o taxímetro dificilmente marca mais do
que o equivalente a uns US$ 5.
Mas, caso você não tenha
muito tempo, cuidado: por
causa do preço, os motoristas
costumam rodar bem mais do
que o necessário.
Além do Kuala Lumpur City
Center (KLCC) e da torre Menara, que, com formas arrojadas, caracterizam o "skyline"
da capital, há outros prédios
que impressionam visitantes
afeitos à arquitetura.
Um passeio agradável tem
início na sede da Mallayan
Railway Headquarters Building, projeto de 1900 concluído em 1917. Obra do arquiteto
inglês A.B. Hubbock, esse prédio -que abriga a administração das ferrovias- foi construído num estilo eclético e
mistura os arcos mouriscos
das arquiteturas otomana e
mongol a técnicas construtivas
européias do início do século.
A três quadras dali, ficam o
Museu Nacional e a Galeria de
Arte, abertos a partir das 10h.
Outra caminhada curta, e logo se vê a Mesquita Nacional
(Masjid Negara), templo arrojado, concluído em 1965 para
abrigar até 8.000 fiéis.
Com minaretes de 73 metros
e cercada por jardins, seu interior tem visitação restrita aos
horários em que não há culto.
Um pouco mais adiante, chega-se ao Mercado Central,
construído em estilo art déco,
nos anos 30, nas proximidades
do rio Kelang. Tem lojas de artesanato e restaurantes, além
de apresentar shows folclóricos no período da tarde.
Para quem adora barganhar,
Chinatown é o paraíso da pirataria e da pechincha: relógios
"Rolex" e "Gucci" são vendidos por preços que variam
de US$ 50 (a quartzo) a US$
200 (automáticos).
Nessa feira livre são comercializados CDs, roupas "de
grife" e uma infinidade de bugigangas. Fique longe de Chinatown se você tem horror a
falsificações.
Mas o curioso é que há uma
ética que passa pela pechincha
e pela qualidade da pirataria.
Ao regatear, ofereça menos da
metade do preço e, ao fechar
acordo, leve a mercadoria.
Os comerciantes podem ficar
horas mostrando quão bem
copiados são seus produtos,
garantindo que o jacaré da camisa "Lacoste" não vai sair
boiando na primeira lavada.
Mas ficam fulos quando, depois do negócio fechado, o
cliente não leva a mercadoria.
Em busca do original
Quem não faz questão de bugigangas acha objetos originais
no Museu Nacional (Muzium
Negara), aberto em 1963 no local onde, até a Segunda Guerra, existiu o museu Selangor.
Mas, se o prédio do museu
decepciona, o acervo tem peças impressionantes, como os
bonecos usados nos teatros de
sombras, marionetes que fundem as culturas malaia e chinesa, vitrines com trajes típicos
para ocasiões sociais.
Aberto das 9h às 18h -exceto nas sextas, quando fecha às
14h45-, o Museu Nacional
(tel. local 282-6255) também
exibe facas, armas de fogo e cerâmica de todo o Oriente.
Um outro setor, dedicado à
história natural, mostra uma
infinidade de conchas, esqueletos e animais empalhados.
Na parte sul de Kuala Lumpur, vá até os portões do Palácio Nacional, residência dos
sultões desde 1926. Como a visitação do seu interior é restrita, observe a troca da guarda.
Como próxima parada, ponha o mais moderno dos suntuosos templos budistas no roteiro. Bem atrás do palácio,
numa colina de onde se avista
o perfil das torres de Kuala
Lumpur, fica o templo Yuen
Tung Tze, de 1985.
Adornado por inúmeros dragões, esse conjunto de pagodes
foi erguido por empresários de
origem chinesa para ser o mais
impressionante templo budista da Malásia.
Há um outro templo que vale
a visita, apesar de ficar 13 km
ao norte. Trata-se do templo
hinduísta centenário instalado
no interior das cavernas Batu.
Aberto das 7h às 21h, o templo
está no final de uma escadaria
de 272 degraus -um pesadelo
para quem usa salto alto.
As cavernas, descobertas em
1878, também são habitadas
por macacos, que imploram
amendoim aos turistas e podem ser agressivos.
(SC)
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