São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2007

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DO LUXO AO BÁSICO

Moeda desvaloriza, mas os méritos de Buenos Aires não

Com o real valendo 1,74 peso, brasileiros dão o tom: hotéis portenhos dominam português e tocam MPB

Natacha Pisarenko - 03.abr.2006/Associated Press
O trânsito intenso na avenida 9 de Julio, uma das mais largas do mundo, cuja paisagem é marcada por obelisco, ao entardecer


MARÍLIA RUIZ
THIAGO MOMM
ENVIADOS ESPECIAIS A BUENOS AIRES

Em tempo auspicioso para os turistas brasileiros e nem tanto para os moradores portenhos, com o real valendo 1,74 peso, os hotéis caros da capital argentina já não são tão inatingíveis, e compras, vida noturna e restaurantes de melhor estampa também estão mais em conta.
E o melhor de tudo é que o valor de Buenos Aires não tem nada a ver com a valorização de sua moeda: a cidade não perdeu sua vocação aristocrática, com palácios belle époque e inúmeros parques e cafés. Lojas de grife, restaurantes descolados e antiquários focam brasileiros e norte-americanos.
Agitados, clubes noturnos como o mundial Pacha e o local Asia de Cuba fervem misturando portenhos e turistas.
E, se em São Paulo o ingresso da Pacha custa a partir de R$ R$ 30 (feminino) ou R$ 60 (masculino), por lá custa a partir de R$ 14. Nesta página o leitor também encontra os preços de táxis, cafés, vinhos, Big Mac, e outros na cidade portenha.
Buenos Aires -ligada a São Paulo por 122 vôos semanais, em viagens de menos de três horas- virou o sonho realizável dos turistas também em função da oferta cultural, seja por ícones como o contemporâneo Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba) ou livrarias clássicas como a Ateneo.
E ganham as companhias aéreas. Pipocam ofertas de passagens superbaratas, mas também aumenta a procura por bilhetes executivos e de primeira classe. Desde 2003, a ocupação dos aviões da British Airways, por exemplo, chega a 80%.

Falando português
Brasileiros abundam em galerias de arte, bistrôs e hotéis tanto premium como cinco estrelas. No prestigiadíssimo e tradicional Alvear e nos contemporâneos Faena e Hyatt, português é idioma quase oficial. Até a música ambiente é impregnada de bossa nova e MPB. O mesmo vale para os serviços de transfers: fala-se bom português -e não se discute se Maradona foi ou não melhor do que Pelé.
Mas, como nem todo mundo tem rios de prata para gastar em diárias a partir de US$ 425 (R$ 775; caso do Faena), esta edição também compila atrações que custam muito pouco, como um albergue da juventude que cobra a partir de US$ 7 (R$ 12,80) por pernoite em quartos coletivos. Há ainda opções intermediárias, como o Ibis (US$ 92, R$ 168). Veja os preços dos hotéis e pacotes para Buenos Aires na página F5.


THIAGO MOMM viajou a convite do hotel Hyatt e da LAN; e, MARÍLIA RUIZ, da rede de hotéis Leading e da British Airways

R$ 2,28
É o preço do café na rede de cafés Delicity (www.delicity.com.ar), preço sem vantagem em relação ao Brasil

R$ 5,99
É o preço da taça de vinho Norton Malbec no restaurante La Strada, preço com vantagem em relação ao Brasil


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