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"JÁ QUE TÁ, QUE FIQUE"
Força da água impressiona em ida às margens do rio
No lado direito, salto do Piracicaba é espetáculo na cheia; no esquerdo, restaurantes concentram agito
DA ENVIADA ESPECIAL A PIRACICABA
No período das chuvas, durante o verão, a margem direita
do rio Piracicaba é o local mais
indicado para ver de perto a
força de suas águas. O parque
do Mirante, recentemente revitalizado, permite que o visitante se aproxime do salto do rio a
ponto de ficar encharcado.
E é realmente difícil prestar
atenção nos respingos diante
de tamanha demonstração de
poder da água, formando ondas
revoltas que castigam a vegetação ao redor. O parque tem vários mirantes em diferentes alturas, além de caminhos pavimentados entre a vegetação.
Seguindo pela margem direita, na altura da passarela pênsil,
fica o complexo de prédios do
Engenho Central, usina de açúcar construída em 1881 e desativada em 1974. Com 12 mil m2,
a estrutura abriga os grandes
eventos da cidade, como o Salão Internacional de Humor e a
encenação da Paixão de Cristo.
A principal via de acesso de
pedestres ao Engenho Central
é a passarela pênsil, de 1991,
que leva às últimas horas do roteiro, do outro lado do Piracicaba. E, se a margem direita é a
mais propícia para observar o
rio, a esquerda é onde melhor
se pode desfrutar dele.
No calçadão da rua do Porto,
o lazer é democrático: jovens e
velhos se aboletam nas mesas,
rapazes de jet-ski dividem o espaço com crianças em boias de
câmara de pneu e quem não
tem grana para restaurantes
pesca -e assa- ali mesmo seu
peixe. Logo após a passarela
pênsil fica a Casa do Povoador,
feita de pau-a-pique, tida como
a mais antiga da cidade.
Ao lado do calçadão fica um
parque com lago artificial e pistas. No complexo da rua do
Porto estão ainda o Casarão do
Turismo -antiga olaria do séc.
19- e a Casa do Artesão.
Mas o agito fica mesmo na
beira do rio. Garçons passam
levando pratos para os deque
cheios de clientes. As árvores
atraem os que buscam refúgio
do sol, enquanto os pescadores,
alheios ao burburinho, permanecem atentos às fisgadas.
É aqui que termina o roteiro
para um final de semana aproveitando o melhor de Piracicaba, com direito a uma esticadinha para uma saideira ou mais
um dedo de prosa.
(MDV)
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