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COSTA CAPIXABA
Prato deve ter influência das culinárias indígena e portuguesa
"Moqueca é capixaba, o resto
é peixada", dizem os nativos
DO ENVIADO ESPECIAL AO ESPÍRITO SANTO
O capixaba orgulha-se de suas
águas terem sido palco da fisgada
do maior marlim-azul do mundo
(com 636 kg). Por tabela, se considera o maior e melhor conhecedor de peixes e frutos do mar. Daí
para a culinária ser uma das grandes atrações turísticas do Estado é
um pulo. Como especialidades,
estão listadas a moqueca e a torta
capixabas, a muma de siri (tipo de
cozido) e a caranguejada.
A maioria dos pratos leva a tintura do urucum, que, com um
pouco de azeite, refoga o tomate
picado, a cebola e o coentro. A
mistura realça o sabor do peixe e
deixa o prato mais leve, dizem os
apreciadores da culinária nativa.
O prato-orgulho do capixaba e
o mais provado pelos turistas é a
moqueca. Não se sabe ao certo a
sua origem, mas acredita-se na influência das culinárias indígena e
portuguesa. A receita da moqueca
é simples. Não leva dendê, leite de
coco nem pimentão. Bairrismo à
parte, "é a melhor moqueca brasileira", diz Geraldo Alves, 45, dono
do restaurante Enseada, no balneário de Manguinhos. Ele só engrossa o coro regional que se vangloria: "moqueca é capixaba, o
resto é peixada".
A moqueca pode ser regada
com molho de camarão. Arroz e
pirão são acompanhamentos
obrigatórios. Para Alves, o badejo
é um dos melhores peixes para a
moqueca. "Temperos frescos e a
panela de barro são indispensáveis."
(FABIO MARRA)
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