São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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COSTA CAPIXABA

Prato deve ter influência das culinárias indígena e portuguesa

"Moqueca é capixaba, o resto é peixada", dizem os nativos

DO ENVIADO ESPECIAL AO ESPÍRITO SANTO

O capixaba orgulha-se de suas águas terem sido palco da fisgada do maior marlim-azul do mundo (com 636 kg). Por tabela, se considera o maior e melhor conhecedor de peixes e frutos do mar. Daí para a culinária ser uma das grandes atrações turísticas do Estado é um pulo. Como especialidades, estão listadas a moqueca e a torta capixabas, a muma de siri (tipo de cozido) e a caranguejada.
A maioria dos pratos leva a tintura do urucum, que, com um pouco de azeite, refoga o tomate picado, a cebola e o coentro. A mistura realça o sabor do peixe e deixa o prato mais leve, dizem os apreciadores da culinária nativa.
O prato-orgulho do capixaba e o mais provado pelos turistas é a moqueca. Não se sabe ao certo a sua origem, mas acredita-se na influência das culinárias indígena e portuguesa. A receita da moqueca é simples. Não leva dendê, leite de coco nem pimentão. Bairrismo à parte, "é a melhor moqueca brasileira", diz Geraldo Alves, 45, dono do restaurante Enseada, no balneário de Manguinhos. Ele só engrossa o coro regional que se vangloria: "moqueca é capixaba, o resto é peixada".
A moqueca pode ser regada com molho de camarão. Arroz e pirão são acompanhamentos obrigatórios. Para Alves, o badejo é um dos melhores peixes para a moqueca. "Temperos frescos e a panela de barro são indispensáveis." (FABIO MARRA)


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