São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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AMEAÇA

Governo faz plano de salvação

Modernização põe em risco patrimônio chinês

DA EFE

Grande parte do patrimônio cultural da China está "à beira do desaparecimento devido à deterioração ambiental e aos efeitos negativos da modernização do país", reconheceu na semana passada um informe dos ministérios de Cultura e de Finanças.
Eles pedem às autoridades que endureçam as medidas de preservação da herança cultural e anunciaram um "plano de salvação" que deve ser concluído em 2020.
O patrimônio histórico e artístico chinês, parcialmente destruído na Revolução Cultural (1966-1977), está gravemente ameaçado pela poluição, pela massiva afluência de turistas, pela especulação imobiliária e por outros efeitos provocados pela entrada do país na economia de mercado.
Tais prejuízos são vistos em lugares como Pequim, onde milhares de casas tradicionais foram demolidas para dar espaço a centros comerciais ou no palácio Potala (Tibete), cujo cimento está avariado pelo excesso de turistas.
Apesar das advertências de Pequim contra a deterioração e a comercialização do patrimônio, parece que as recentes medidas tomadas estão na direção contrária à proteção, como a privatização da montanha Sagrada, onde fica o templo de Shaolin, berço do Kung-Fu e do zen-budismo.
Nenhum dos 29 locais da China catalogados pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade, como a muralha e o Exército de Xian), está na lista dos bens em perigo desse organismo.


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