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LOS CABOS, BAIXA CALIFÓRNIA (MÉXICO)
Abacate, milho, tomate, pimentas e feijão são a base da culinária local; entre as bebidas, tequila se destaca
Até café da manhã é apimentado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE LOS CABOS
Se quiser surpreender um
mexicano na região de Los Cabos, conte a ele que abacate é
comido com açúcar no Brasil.
Uma óbvia questão cultural
explica a surpresa. Na colorida
cozinha mexicana, o abacate é a
base do guacamole, um acompanhamento para quase tudo o
que se come no México.
Além dele, alimentos feitos
com milho, tomate, feijão e as
pimentas - chamadas de chilis- são a base da culinária local. O ideal é esquecer a dieta ao
desembarcar no país, mas é
preciso pegar leve. A comida é
deliciosa, mas é pesada desde o
café da manhã, que eles chamam de "desayuno".
Nessa refeição são servidos
desde tacos até ovos e feijões.
Tudo muito apimentado.
Os arredores de San José del
Cabo concentram boa parte do
que há de melhor na culinária
local. Mas há excelentes opções
para os amantes da boa mesa -
que não se importarem em
abrir o bolso- nos hotéis e resorts que compõem o corredor
turístico de Los Cabos.
Esse é o caso do The Restaurant, um dos três restaurantes
do luxuoso Las Ventanas al Paraíso (www.lasventanas.
com). Comandado pelo chef
francês Fabrice Guisset, tem
um serviço impecável e um
cardápio com opções múltiplas, desde saladas até carnes.
Com tamanha variedade, fica
até difícil dizer qual a especialidade da casa. O ojo de costela é
uma boa pedida e sai por US$
50 (mais taxas). Quem quiser
pegar leve pode optar pelo saboroso wrap de vegetais, que
sai por US$ 17.
Outra opção oferecida pelo
resort é a "chef's table" (mesa
do chef, em inglês), um jantar
especial no La Cava, uma espécie de adega que pode receber
até 15 pessoas. Com um cardápio criado pelo chefe para a
ocasião e harmonizado com vinhos selecionados, esse jantar
sai a partir de US$ 175 por pessoa, mais taxas.
Acompanhamento
A tequila faz parte do dia a dia
dos mexicanos como o café faz
da vida dos brasileiros.
Estima-se que cerca de 98%
da tequila mexicana seja produzida no Estado de Jalisco, a
partir do agave azul. Existem
mais de 200 variedades da
planta, mas só essa é autorizada
pelo Conselho Regulador de
Tequila (CRT).
Dados de fabricação e um
pouco da história milenar da
bebida são a base do curso de
tequila do Las Ventanas al Paraíso, que sai por US$ 70 por
pessoa - aulas particulares
custam US$ 85.
Em pouco mais de uma hora
de aula, o visitante aprende a
diferenciar duas variedades da
bebida: mista ou 100%.
Se passar por apenas uma
destilação, a bebida é denominada mista. Mais comum no
Brasil, esse tipo pode ter resquícios de álcoois pesados.
Ao passar por duas destilações, a bebida é chamada de
100%. Nessa categoria há ainda
subdivisões.
As tequilas podem ser transparentes - sem contato com
barris- ou tomar o tom amarelado ou avermelhado dos tonéis
em que foram armazenadas.
De acordo com o tempo em
que passou no tonel, ela recebe
o nome de "reposada" (repousada) ou "añejo" (envelhecida).
Os preços costumam variar
proporcionalmente com a idade das tequilas, mas é possível
comprar uma garrafa de boa
qualidade, como a repousada
Classe Azul, por US$ 80.
Além dela, é possível degustar outras três variedades na
aula - acompanhadas de sal e
limão, totopos, guacamole e
duas sangrias.
(ANA SOUSA)
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