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São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

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DE REPENTE, FORTALEZA

Apesar de não serem recomendadas para banho, essas praias são próprias para compras e baladas

Bons ventos sopram em Mucuripe e Iracema

Tiago santana
Jangadas na praia do Mucuripe ao entardecer; o local é ponto obrigatório para turistas adquirirem artesanato e andar a pé


MARIO KANNO
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

O vento sopra constante na costa de Fortaleza. Dia e noite, a brisa vinda do mar permite que se fique ao sol sem sentir seus efeitos -por isso o filtro solar se torna imprescindível. A cidade tem até mesmo usina eólica, que produz eletricidade a partir do vento, localizada na praia Mansa, próxima ao porto de Mucuripe.
A força do vento também toca uma marca registrada do Ceará: as jangadas, ainda usadas por pescadores na praia do Mucuripe.
Na ponta da praia há um mercado de frutos do mar. Lagosta, camarão e outros pescados são baratos e podem ser embalados para viagem (de avião!) ou degustados em barracas, bares e restaurantes.
Com mais de 2 milhões de habitantes, Fortaleza deve ser vista a partir da ponte dos Ingleses. A ponte Metálica, como também é conhecida, fica na praia de Iracema, na parte antiga da cidade, e era originalmente um cais que foi desativado e reestilizado.
De seu extremo, que avança para o mar onde aparecem golfinhos, tem-se uma vista que divide a capital. A leste estão o porto e as praias do Mucuripe e de Meireles, verticalizadas e modernas, com prédios altos recém-construídos.
Mucuripe tem árvores e é agradável para um passeio a pé. Lá dá para apreciar a vista do porto, comprar artesanato e -obrigatório para turistas!- conhecer a estátua de Iracema, personagem do romance do cearense José de Alencar (leia à pág. F7). À noite, em Meireles, dezenas de barracas vendem artesanato, castanha de caju e licores, como o de jenipapo.
Na região da ponte e a oeste, o visual é horizontalizado. É nesse lado que estão os bairros carentes e antigos, bem como marcos do centro histórico, como a fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
A construção, de 1816, deu origem ao nome da cidade e fica no sítio do forte Schoonenborch, de 1649, ponto inicial da cidade, erguido por holandeses.
Na parte histórica, vale ir ao o teatro José de Alencar, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e à praça General Tibúrcio (ou praça dos Leões), conjunto arquitetônico que abriga o palácio da Luz, a igreja Nossa Senhora do Rosário e a antiga Assembléia Provincial, hoje Museu do Ceará.
Perto dos casarões do início do século 20, hoje tomados por bares e restaurantes, no Quarteirão dos Artistas, ergue-se o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Com passarelas metálicas suspensas, o moderno complexo cultural dispõe de oficinas de arte, museus, cinema e até de planetário. O contraste arquitetônico, a música e os petiscos de caranguejo servidos nos bares avalizam a visita noturna (leia à pág. F4).
À noite, nos arredores da ponte Metálica, as ruelas da Praia de Iracema mudam de perfil. O local tem restaurantes e boates que, após o poente, abrem oferecendo comida e música regionais ou, se for o caso, pizza e picanha embaladas por rock progressivo.
Tradicional reduto de pousadas, o bairro ganhou, no final do ano passado, o hotel Iracema Othon Travel, com preços mais acessíveis e sem restaurante.
Mais isolada da área metropolitana, a praia do Futuro é local frequentado por banhistas, pois, apesar de contar com emissário submarino, as praias de Mucuripe, Meireles e Iracema não são recomendadas para o banho devido à proximidade do porto.
Com um grande número de quiosques à beira-mar, música ao vivo, banheiros e duchas, pode-se apreciar tartarugas ao raiar do sol, piscinas naturais que se formam na maré baixa e, nas noites de quinta-feira, muito caranguejo, cerveja e shows.

Mario Kanno viajou a convite da rede de hotéis Othon e da TAM Viagens.


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