São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 2000


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INICIATIVA PIONEIRA
Psicóloga usará técnicas de psicodrama com o objetivo de auxiliar clientes e a empresa
Ombudsman estréia hoje em operadora

da Redação

Primeira ombudsman a atuar numa operadora de viagens brasileira, Neusa Aguiar Silva de Deos, 47, começa hoje o seu trabalho na Study & Adventure, especializada em enviar jovens para cursos de línguas no exterior, principalmente para a Austrália.
Psicóloga clínica pela PUC-SP, Neusa trabalhou com psicodrama desde o início de sua formação acadêmica, auxiliando um professor que, desde logo, indicou a ela os caminhos da especialização.
Segundo a nova ombudsman, "o psicodrama é uma técnica de grupo que, se usada como terapia, faz com que a pessoa desenvolva, por meio de dramatizações, diversos de seus potenciais".
Neusa, que usará o psicodrama como ferramenta importante no seu trabalho pioneiro de ombudsman de uma operadora turística no país, afirma que a técnica "ajuda a pessoa a descobrir limitações e dificuldades, dando uma condição de pesquisa muito boa, tratando e libertando".
A psicóloga, que já atuava na Study & Adventure (tel. 0/xx/11/ 829-6156) influindo na seleção de pessoal, diz que na nova função vai ajudar tanto os clientes como a própria operadora, que, com isso, poderá aprimorar a qualidade dos seus serviços e produtos.

Aprender a conviver
Apesar de estar começando hoje seu trabalho de ombudsman, Neusa de Deos já teve no passado encontros com estudantes que se destinavam à Austrália.
"Tive um encontro com um menino que foi muito engraçadinho. Proveniente de uma família que dispunha de todo o conforto, esse estudante imaginava ir para lá tendo as mordomias que tinha aqui. Expliquei que, na viagem, ele ia viver numa família de classe média, num programa que se chama "homestay", e eventualmente teria que lavar sua própria roupa. Aí, ele me disse: "Você está brincando! Não posso pagar meus irmãos australianos para para fazer isso?'
"Aí chamei seus pais, e a mãe prontamente se dispôs a explicar para o menino como seria a vida lá, desmistificando as fantasias e preparando-o para aproveitar ao máximo a experiência."
Outro aspecto é que, na Austrália, estudantes têm direito a um visto que permite trabalhar 20 horas semanais. E, como para muitos a experiência é inédita, a nova ombudsman conta que eles criam a expectativa de "quebrar a cara e crescer". Diz ainda que em geral eles têm razão, pois voltam "mais independentes, aprendendo a conviver melhor. E voltam querendo voltar". (SILVIO CIOFFI)




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