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INICIATIVA PIONEIRA
Psicóloga usará técnicas de psicodrama com o objetivo de auxiliar clientes e a empresa
Ombudsman estréia hoje em operadora
da Redação
Primeira ombudsman a atuar
numa operadora de viagens brasileira, Neusa Aguiar Silva de
Deos, 47, começa hoje o seu trabalho na Study & Adventure, especializada em enviar jovens para
cursos de línguas no exterior,
principalmente para a Austrália.
Psicóloga clínica pela PUC-SP,
Neusa trabalhou com psicodrama
desde o início de sua formação
acadêmica, auxiliando um professor que, desde logo, indicou a
ela os caminhos da especialização.
Segundo a nova ombudsman,
"o psicodrama é uma técnica de
grupo que, se usada como terapia,
faz com que a pessoa desenvolva,
por meio de dramatizações, diversos de seus potenciais".
Neusa, que usará o psicodrama
como ferramenta importante no
seu trabalho pioneiro de ombudsman de uma operadora turística
no país, afirma que a técnica "ajuda a pessoa a descobrir limitações
e dificuldades, dando uma condição de pesquisa muito boa, tratando e libertando".
A psicóloga, que já atuava na
Study & Adventure (tel. 0/xx/11/
829-6156) influindo na seleção de
pessoal, diz que na nova função
vai ajudar tanto os clientes como a
própria operadora, que, com isso,
poderá aprimorar a qualidade
dos seus serviços e produtos.
Aprender a conviver
Apesar de estar começando hoje
seu trabalho de ombudsman,
Neusa de Deos já teve no passado
encontros com estudantes que se
destinavam à Austrália.
"Tive um encontro com um
menino que foi muito engraçadinho. Proveniente de uma família
que dispunha de todo o conforto,
esse estudante imaginava ir para
lá tendo as mordomias que tinha
aqui. Expliquei que, na viagem,
ele ia viver numa família de classe
média, num programa que se
chama "homestay", e eventualmente teria que lavar sua própria
roupa. Aí, ele me disse: "Você está
brincando! Não posso pagar
meus irmãos australianos para
para fazer isso?'
"Aí chamei seus pais, e a mãe
prontamente se dispôs a explicar
para o menino como seria a vida
lá, desmistificando as fantasias e
preparando-o para aproveitar ao
máximo a experiência."
Outro aspecto é que, na Austrália, estudantes têm direito a um
visto que permite trabalhar 20 horas semanais. E, como para muitos a experiência é inédita, a nova
ombudsman conta que eles criam
a expectativa de "quebrar a cara e
crescer". Diz ainda que em geral
eles têm razão, pois voltam "mais
independentes, aprendendo a
conviver melhor. E voltam querendo voltar".
(SILVIO CIOFFI)
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