As primeiras leis ambientais letas datam de 1500, e as primeiras ações de reflorestamento, do século 19

DO ENVIADO ESPECIAL A RIGA

Conhecida como "Terra dos Lagos Azuis", a Letônia possui 2.256 pequenos lagos, 12.500 rios e cerca de metade de seu território ainda intocada pela ação do homem.
De julho a setembro, o interior do país ganha ainda mais charme com festivais e a tradicional coleta gratuita de morangos e cogumelos.
A colheita informal faz parte da identidade cultural dos letos, que gostam de caminhar pelo campo com cestas de piquenique durante o dia.
O hábito pode ser desfrutado por qualquer visitante, exceto nos locais ostensivamente demarcados como propriedade privada, que são poucos.
O cuidado com a biodiversidade na Letônia é antigo, o que explica as 211 reservas naturais, os 22 parques locais, as quatro reservas estaduais, os três parques nacionais e até mesmo uma reserva de biosfera.
As leis mais antigas de proteção ao ambiente datam de 1500, e as primeiras tentativas de reflorestamento e recuperação de dunas no golfo de Riga remontam ao século 19.
Como resultado, o ecoturismo no país báltico revela cegonhas-negras, águias, lontras, alces, castores, pica-paus, linces e um sem-número de aves que cruzam o país em sua migração para fugir do frio, como garças.
O viajante pode escolher entre 140 fazendas rodeadas de pinheiros e velhos carvalhos com serviço de estalagem, as chamadas "bed and breakfast" -hospedagens que oferecem cama e café da manhã.
O primeiro parque nacional criado no país, o Gauja, data de 1973 e ocupa mais de 90 mil hectares, percorridos, com a ajuda de mapas gratuitos, por trilhas demarcadas. O parque possui castelos medievais, com destaque para o museu-reserva Turaida, com esculturas gigantes, e o túmulo da "Rosa de Turaida", versão local da Julieta, de Romeu. (IURI DANTAS)


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