São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2002

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VIRADO À PAULISTA

Metrô e espaços menos convencionais levam cultura à região paulistana onde predomina concreto

Olhar afiado acha arte em centro financeiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Vaivém ordenado, celulares a postos, concreto por todos os lados. Pode parecer difícil ser capaz de contemplar arte e cultura em meio a tanta solidez no centro financeiro da cidade, mas, na Paulista, até no metrô se acha arte.
Há vários espaços na avenida, menos convencionais que o Masp, a Galeria de Arte do Sesi (no prédio da Fiesp) e a Casa das Rosas (nš 37), que podem ser "consumidos" com mais rapidez.
A estação de metrô Brigadeiro, por exemplo, tem painéis gigantes: "Cores e Formas", de Cícero Dias, na plataforma de embarque para a Ana Rosa, e "DesAceleração", de Fernando Lemos, na plataforma sentido estação Clínicas.
Também há espaços mais visíveis ao público, como o Itaú Cultural, a ser reaberto em abril, e os halls das sedes do Safra (nš 2.100) e do Banco Real (nš 1.374) -, que no momento estão sem mostras.
Segundo o curador do Espaço Cultural do Citibank (nš 1.111), Julio Wakahara, esses espaços dão "visibilidade que outros lugares não têm", pois estão na passagem. "Muita gente tem medo de entrar [em museus"", diz o museólogo.
Cerca de 1.500 pessoas entram e saem do prédio do Citi para chegar à alameda Santos ou à Paulista, numa área de 600 m2. Na sexta-feira, será inaugurada nova mostra, em homenagem à Paulicéia, até 24 de fevereiro.
"São Paulo de Todos os Tempos", baseado em livro de Geraldo Nunes, repórter da rádio Eldorado que há 12 anos sobrevoa a cidade e a conhece -ao menos pelo ar- de ponta a ponta, traz cerca de 80 fotos com personagens e declarações, resgatando paixão e memória da capital. "Passam-se os anos, muda-se a maquiagem, mas os contornos desta mulher chamada São Paulo permanecem o mesmo", relata Nunes em um painel. (MARGARETE MAGALHÃES)

Espaço Cultural Citibank - de seg. a sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados, das 10h às 17h.



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