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VIRADO À PAULISTA
Metrô e espaços menos convencionais levam cultura à região paulistana onde predomina concreto
Olhar afiado acha arte em centro financeiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Vaivém ordenado, celulares a
postos, concreto por todos os lados. Pode parecer difícil ser capaz
de contemplar arte e cultura em
meio a tanta solidez no centro financeiro da cidade, mas, na Paulista, até no metrô se acha arte.
Há vários espaços na avenida,
menos convencionais que o
Masp, a Galeria de Arte do Sesi
(no prédio da Fiesp) e a Casa das
Rosas (nš 37), que podem ser
"consumidos" com mais rapidez.
A estação de metrô Brigadeiro,
por exemplo, tem painéis gigantes: "Cores e Formas", de Cícero
Dias, na plataforma de embarque
para a Ana Rosa, e "DesAceleração", de Fernando Lemos, na plataforma sentido estação Clínicas.
Também há espaços mais visíveis ao público, como o Itaú Cultural, a ser reaberto em abril, e os
halls das sedes do Safra (nš 2.100)
e do Banco Real (nš 1.374) -, que
no momento estão sem mostras.
Segundo o curador do Espaço
Cultural do Citibank (nš 1.111), Julio Wakahara, esses espaços dão
"visibilidade que outros lugares
não têm", pois estão na passagem.
"Muita gente tem medo de entrar
[em museus"", diz o museólogo.
Cerca de 1.500 pessoas entram e
saem do prédio do Citi para chegar à alameda Santos ou à Paulista, numa área de 600 m2. Na sexta-feira, será inaugurada nova mostra, em homenagem à Paulicéia,
até 24 de fevereiro.
"São Paulo de Todos os Tempos", baseado em livro de Geraldo
Nunes, repórter da rádio Eldorado que há 12 anos sobrevoa a cidade e a conhece -ao menos pelo
ar- de ponta a ponta, traz cerca
de 80 fotos com personagens e declarações, resgatando paixão e
memória da capital. "Passam-se
os anos, muda-se a maquiagem,
mas os contornos desta mulher
chamada São Paulo permanecem
o mesmo", relata Nunes em um
painel.
(MARGARETE MAGALHÃES)
Espaço Cultural Citibank - de seg. a
sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados,
das 10h às 17h.
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