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EX-GUIANA HOLANDESA
No norte da América do Sul, o Suriname existe sim
País que tem 80% do território coberto pela floresta abriga rica mistura de povos e herança holandesa
ANA NEIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO SURINAME
Há quem não acredite na
existência do Suriname -no site de relacionamentos Orkut,
uma dezena de comunidades
de internautas brasileiros discute o tema.
Brincadeiras à parte, o país
vizinho do Brasil, que faz fronteira com os Estados do Amapá
e do Pará, existe oficialmente
desde 1975 e tem bastante história para contar.
Com mata inexplorada e uma
mistura racial única, o Suriname oferece boas opções de contato com a natureza, passeios
históricos e rica gastronomia.
Por lá, o jogo é liberado.
Ao chegar a Paramaribo, a capital do país, o turista é convidado a uma viagem em direção
ao passado. Com clima de interior (são 250 mil habitantes), a
cidade traz marcas da época colonial, quando ainda era Guiana Holandesa.
Casas de madeira -a maioria
branca com detalhes verdes e
vermelhos- enfeitam uma das
principais ruas da cidade, Waterkant, à beira do rio Suriname. Há cem anos, o local era o
porto por onde navios estrangeiros se abasteciam de açúcar,
café e cacau. Atualmente, é possível encontrar bons restaurantes e hotéis na região.
A poucos passos dali está a
catedral de Pedro e Paulo, a
maior edificação em madeira
da América Latina, totalmente
construída em cedro vermelho.
A catedral foi originalmente
um teatro judeu, que virou igreja católica quando foi permitida
a prática do catolicismo no
país, em 1800. Em 1883, a igreja
foi ampliada para se transformar na catedral.
Há ainda a praça da Independência, com belas construções
antigas, como o atual palácio
Presidencial, o palácio das Finanças e o Fort Zeelandia, uma
fortaleza do século 17 que foi
transformada em museu.
Patrimônio
As construções coloniais garantiram a Paramaribo o título
de patrimônio histórico da humanidade em 2002, concedido
pela Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Na capital, nota-se a mistura
racial da população. São negros,
indianos, javaneses, chineses e
holandeses, que entraram no
país como escravos, imigrantes
ou colonizadores.
Essa miscigenação se faz presente na cultura local, principalmente na gastronomia, que
oferece pratos das cozinhas
hindu, chinesa e javanesa, além
das tradicionais panquecas holandesas. O prato típico da cidade é o frango frito acompanhado de batata frita, sempre
muito bem-feito e barato.
União de povos
Os diversos povos do Suriname convivem em harmonia, o
que é motivo de grande orgulho
para o país, que tem como slogan "Uma nação, um povo".
O clima de cordialidade pode
ser comprovado na chamada
"rua inter-religiosa" (Keizerstraat), na qual a maior mesquita do Caribe, a Ahmadiyya Anjuman Ishaat (aaiil.org/suriname), fica ao lado da sinagoga
Neveh Shalom.
Apostas
À noite, para muitos o melhor programa é ir aos cassinos,
antes ou depois do jantar ou da
balada, para os maiores de 18
anos. Em todo o país há mais de
17 deles, abertos o dia todo e
com bebidas grátis.
Na Kleine Straat estão bares
como o Vat, que costumam estar cheios de turistas, e a boate
Strarrz, onde a dance music se
mistura com o merengue e a
salsa. Nos dois principais hotéis da cidade, o Torarica e o
Royal Torica, também há opções de bons programas, com
seus restaurantes e cassinos.
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