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Cerveja, salsichão, chucrute e café colonial engordam os visitantes
FREE LANCE PARA A FOLHA
Sentar em um dos restaurantes
de comida alemã de Blumenau ou
Pomerode é uma das melhores
partes da viagem.
Muitos, como o Biergarten, de
Blumenau, privilegiam as "atrações" locais. Quem quiser seguir à
risca o menu, deve optar por pratos como o kassler (costeleta de
porco), o eisbein (joelho de porco) e o marreco assado. Os pratos
geralmente vêm acompanhados
de salsicha branca e vermelha,
chucrute e purê. O marreco vem
com repolho roxo e purê de maçã.
Para beber, peça o chope Eisenbahn, produzido pela maior microcervejaria de Blumenau, que
procura retomar a tradição local
de fabricação de cerveja. Quem
não bebe álcool pode pedir a laranjinha, refrigerante de laranja
típico da região.
Sem aditivos químicos
Fundada há dois anos, a Sudbrack, responsável pela fabricação do chope Eisenbahn (www.eisenbahn.com.br), produz uma
linha de cervejas especiais, sem
aditivos. A bebida é fabricada
apenas com cevada, lúpulo, fermento, água e malte (no caso da
cerveja escura), respeitando a Lei
Alemã da Pureza de 1516.
Essa lei, promulgada na Baviera
pelo duque Guilherme 4º, proíbe
o uso de cereais adjuntos, como
milho e arroz, e de produtos como estabilizantes e antioxidantes,
usados nas grandes cervejarias.
Para cuidar da produção, a fábrica chamou o mestre cervejeiro
alemão Gerhard Beutling, que se
formou em Weihenstephan, considerada a mais antiga cervejaria
do mundo. Na fábrica da cervejaria, na rua Bahia, há um bar com
vidros que permitem ao visitante
ver os filtros e os barris usados na
fabricação da bebida.
Beutling, que também trabalha
com a degustação da cerveja, pode ser encontrado no local, tirando as dúvidas dos visitantes sobre
a fabricação do líquido. Ele explica, por exemplo, que a diferença
entre cerveja e chope está na pasteurização, processo pelo qual
passa a cerveja, mas não o chope.
A marca Eisenbahn apresenta
quatro tipos de cerveja: pilsen
(mais leve, a mais consumida no
Brasil), pale ale (com alta fermentação), weitzbier (tradicional cerveja de trigo do sul da Alemanha)
e a dunkel (escurecida com malte,
sem o uso de caramelo ou corantes). Ela também lançou, há pouco tempo, uma cerveja pilsen feita
com matéria-prima orgânica
(sem agrotóxicos).
Café colonial
As sobremesas e o café colonial
merecem atenção especial na região. Iguarias como cuca e strudel, de sabores variados, adoçam
a boca dos visitantes.
A saída é se fartar e depois gastar as calorias adquiridas em passeios a pé, pelas ruas de paralelepípedos cercadas de jardins. Em
Blumenau, o café colonial mais
tradicional é o do hotel Glória, na
rua 7 de Setembro. Em Pomerode, a dica é ir à confeitaria Torten
Paradies, na rua 15 de Novembro.
Em Pomerode, o restaurante
Wunderwald, na rua Ricardo
Bahr, 200, é uma volta ao passado.
A sua entrada é uma espécie de
museu, com objetos originais da
época colonial. Além dos pratos já
citados acima, o restaurante vende geléias e queijos locais.
Os pratos são servidos por garçons vestidos com trajes típicos
alemães ao som de canções alemãs executadas ao vivo.
(PV)
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