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Rio Vermelho une acarajé a "after-hours"
DO ENVIADO ESPECIAL
Espaço para o povão e para os
playboys, o Mercado do Peixe do
Rio Vermelho, na orla de Salvador, é o grande "after-hours" da
cidade. Antes, durante ou muito
depois da balada, requisita-se o
espaço de funcionamento ininterrupto -sim, 24 horas ao dia-,
situado na área do largo da Mariquita, para o desfrute dos bebes e
dos comes, que podem ser buchada de bode, sarapatel e outros pratos mais que os estômagos couraçados agüentarem.
Bairro dito boêmio e alternativo, cheio de bares que invariavelmente evitam o axé e o "arrocha"
(ritmo novo, espécie de mescla da
lambada com o brega e provável
febre do verão), o Rio Vermelho
foi endereço do escritor Jorge
Amado e agrupa entre os habitués
ícones da baianidade musical tais
quais Caetano Veloso e Gal Costa.
Dessas bandas, parte o cortejo de
Iemanjá, em 2 de fevereiro, dia de
festa no mar.
Na vizinhança, postam-se ainda
as barracas de acarajé de Dinha,
no largo de Santana, e de Cira,
perto do Mercado do Peixe.
A primeira, costumam dizer,
tem o melhor acarajé da Bahia,
embora existam aqueles que discordam disso. Os acarajés, bolinhos de feijão-fradinho fritos em
azeite-de-dendê e servidos com
camarão, cebola, molho de pimenta -deve-se pensar duas vezes antes de responder "sim" à
pergunta da baiana sobre a sua inclusão na iguaria- e tomate, custam R$ 2,50 (com Dinha) e R$ 3
(com Cira).
(PID)
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