São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2004

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Rio Vermelho une acarajé a "after-hours"

DO ENVIADO ESPECIAL

Espaço para o povão e para os playboys, o Mercado do Peixe do Rio Vermelho, na orla de Salvador, é o grande "after-hours" da cidade. Antes, durante ou muito depois da balada, requisita-se o espaço de funcionamento ininterrupto -sim, 24 horas ao dia-, situado na área do largo da Mariquita, para o desfrute dos bebes e dos comes, que podem ser buchada de bode, sarapatel e outros pratos mais que os estômagos couraçados agüentarem.
Bairro dito boêmio e alternativo, cheio de bares que invariavelmente evitam o axé e o "arrocha" (ritmo novo, espécie de mescla da lambada com o brega e provável febre do verão), o Rio Vermelho foi endereço do escritor Jorge Amado e agrupa entre os habitués ícones da baianidade musical tais quais Caetano Veloso e Gal Costa. Dessas bandas, parte o cortejo de Iemanjá, em 2 de fevereiro, dia de festa no mar.
Na vizinhança, postam-se ainda as barracas de acarajé de Dinha, no largo de Santana, e de Cira, perto do Mercado do Peixe.
A primeira, costumam dizer, tem o melhor acarajé da Bahia, embora existam aqueles que discordam disso. Os acarajés, bolinhos de feijão-fradinho fritos em azeite-de-dendê e servidos com camarão, cebola, molho de pimenta -deve-se pensar duas vezes antes de responder "sim" à pergunta da baiana sobre a sua inclusão na iguaria- e tomate, custam R$ 2,50 (com Dinha) e R$ 3 (com Cira). (PID)


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