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A 89 KM DE SP
Nascentes e mata premiam visitante que sobe em montes da cidade e dos arredores, como o pico do Lopo
Morros guardam trilhas, grutas e mirante
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM
BRAGANÇA PAULISTA (SP)
Os morros de Bragança, avistados já da rodovia Fernão
Dias, escondem matas, grutas e
nascentes: um cenário estimulante para praticar esportes de
aventura. Os picos que mais se
destacam no horizonte são o
Leite Sol, o Guaripocaba e o Lopo, também conhecido como
montanha do Gigante, por causa do seu formato, e localizado
no município de Vargem, antigo distrito de Bragança.
Vale a pena subir esses picos,
seja por meio de uma caminhada ou de uma escalada radical.
Ao chegar a um desses lugares e
olhar à sua volta, o aventureiro
fica impressionado com a
imensidão do verde -salpicado
de cidades como Atibaia, Joanópolis e Vargem.
A trilha que leva a algumas
das grutas do Guaripocaba começa num pequeno bairro rural de mesmo nome. Logo no
início é preciso atravessar um
riachinho de água cristalina,
que desce o morro em direção
ao rio Jacareí. "Geralmente esses veios se concentram nas regiões de mata fechada", explica
o guia Francisco Assis da Conceição, mais conhecido como
Chico, praticante de trekking e
conhecedor das trilhas.
O pico do Guaripocaba tem
diversas nascentes e pequenas
quedas-d'água. Conforme a altitude aumenta, a paisagem
muda, e as paradas servem
mais para contemplar a natureza do que para recuperar o fôlego. Na primeira gruta já dá para
escutar um barulhinho de água.
A gruta, aliás, parece não ter
fim. Conforme você entra pelas
fendas, descobre plantas, bromélias e musgos.
No caminho para a segunda
gruta, a surpresa: uma árvore
de mais de cem anos. Para abraçá-la, são necessárias cinco
pessoas. Chico costuma dizer
que ela é a protetora da trilha,
que, a propósito, é tranqüila.
Bem maior que a primeira, a
segunda gruta tem vista para o
vale e para o bairro do Guaripocaba. No horizonte, dá para ver
o perfil do gigante que apelida a
serra do Lopo.
Desse ponto, é possível escolher entre dois caminhos para
chegar à gruta da Nascente:
continuar a mesma trilha ou
atravessar uma fenda. Radical,
essa última opção exige lanterna e coragem para escalar o trecho final com a ajuda de cipós.
O final é compensador. O barulho da água é bem próximo,
mas a nascente é difícil de ser
encontrada. Por isso vale a pena visitar o local com alguém
que conheça bem a área.
Entroncamento
A região bragantina tem trilhas com vários níveis de dificuldade. Cada uma tem sua
própria característica, embora
o verde prevaleça em todas. As
mais curtas levam meia hora
para serem percorridas, e as
mais longas, até sete horas. Interessados em fazer uma dessas
trilhas podem procurar a Associação da Montanha pelo telefone 0/xx/11/4033-0352. A entidade é responsável pelas principais vias da região, pela preservação dos picos e pela segurança dos praticantes.
(FABRÍCIA FURUZAVA E MARISTELA DO VALLE)
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