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PARIS PARA CRIANÇAS
Museus com história de bonecas, personalidades feitas de cera e ilusionismo assustam e instruem
Mágica e celebridades atiçam curiosidade
DA ENVIADA ESPECIAL A PARIS
Eles ganharam o rótulo de insólitos nos guias de turismo sobre
Paris. Para a gurizada, esses museus têm sabor especial. O Grévin
(www.grevin.com), criado por
um jornalista no século 19, é um
museu de cera com passagem
obrigatória para pais e filhos.
A idéia original, na época, era
dar "vida" a celebridades que viravam notícia no jornal "Le Gaulois". O escultor e humorista Alfred Grévin foi chamado e começou a criar personalidades. Confira personagens do mundo atual e
finja dar a mão à bela atriz Catherine Deneuve, que está sentada à
mesa. Pelé, trajando a roupa da
seleção brasileira, também está lá.
O mais interessante do passeio é
uma viagem pelo tempo, na qual
o visitante volta retroativamente
pela história francesa. Dá para se
assustar ao passar pelas salas de
tortura da Inquisição. As crianças
acostumadas a fantasiar com fábulas em que princesas representam o supra-sumo da beleza conhecem um outro lado da história
ao presenciar o que a realeza era
capaz de fazer. As esculturas de
personagens da Revolução Francesa estão bem representadas.
E não estranhe se, durante a visita, ao chegar perto de Hemingway, alguém, ao lado do escritor, o
cumprimentar, dizendo: "Bon
jour". Leva-se um susto na hora,
mas descobre-se que não é um
fantasma nem um boneco, mas
um homem de carne e osso fingindo ser uma estátua de cera.
O museu da Boneca (Musée de
la Poupée; www.museedelapoupeeparis.com) não é só para
meninas. Localizado em uma rua
sem saída, tem mais de 500 bonecas, que traçam a história desse
brinquedo de 1800 a 2000. São
quatro salas. A segunda, com modelos em porcelana de 1880 a 1920,
traz a primeira boneca negra da
França, segundo o museu.
Qual é a origem da mágica? Como o prestidigitador ilude o espectador? Para responder a essas
perguntas, o museu da Curiosidade (Musée de la Curiosité; www.museedelamagie.com) revela
cartazes antigos e narra o perigo
ao qual estava exposto quem se
atravesse a fazer mágicas na Idade
Média. O charme da casa reside,
no entanto, no espetáculo de cerca de 30 minutos, em que um mágico ludibria a platéia com seus
truques de ilusionismo.
(MARIJÔ ZILVETI)
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