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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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PARIS PARA CRIANÇAS

Submarino, planetário e cinema de 1.000 m2 estimulam crianças a aprender ciência brincando

Infante ajuda a fazer farinha no La Villette

DA ENVIADA ESPECIAL A PARIS

A época do ano pouco importa. O parque La Villette (www.villette.com), o maior parque urbano de Paris, cujas instalações estendem-se por 55 hectares, combina uma estética pouco comum a locais do gênero: amplos jardins e pavilhões e edifícios baixos, que abrigam várias atividades. A Cidade das Ciências e o Géode são atrativos para o parisiense comum, que leva suas crianças lá.
O parque La Villette merece pelo menos três visitas. Chega-se ao local de ônibus, de barco ou de metrô (mais indicado pela rapidez). Só a Cidade das Crianças (Cité des Enfants) vale uma tarde ou uma manhã inteira.
Por ser um espaço (4.000 m2) totalmente dedicado a crianças, o ingresso para os pequenos é pago. Custa 6,60. Os pais podem escolher a exposição para os de três a cinco anos, que vão passar por várias estações.
A descoberta da imagem, em jogos de espelhos, não chega a ter graça por ser comum. Mas, na história do crescimento do grão de trigo, a criança observa quatro estágios do desenvolvimento dessa semente e depois vai brincar em quatro máquinas que fazem com que os grãos subam e desçam em um circuito fechado.
Para fabricar a farinha, o petiz mexe com uma manivela e quebra os grãos. O processo é concluído em um vídeo divertido que mostra a fabricação do pão em uma padaria. Uma brincadeira que encanta a garotada é ver seus movimentos filmados e desintegrados por um computador. O resultado aparece em uma tela grande. Basta dançar a música.
A brincadeira lúdica ganha mais ares de complexidade quando se trata de mostrar à garotada de cinco a 12 anos a importância da água e a tecnologia utilizada para fazer chegar esse bem à casa do morador de grandes cidades. Na estação La Pompe à Piston (bomba a pistão), é possível verificar como a água sobe em desce em duas etapas.
O carro solar, a parede de engrenagens e os instrumentos inventados pelo homem para medir o tempo são outros atrativos.
No próprio parque, outra visita interessante é o submarino Argonaute. Por 3, das 10h30 às 17h30, durante a semana, adultos e crianças conferem o periscópio e verificam o radar.
A gigantesca esfera conhecida por Géode (www.lageode.fr) merece atenção. Trata-se de uma sala com uma tela gigantesca hemisférica de 1.000 m2 e 36 m de diâmetro. A visão impressiona. Em cartaz, há quatro filmes com duração de no máximo 45 minutos.
Reserve ainda uma visita ao planetário, também localizado no parque La Villette. Um simulador astronômico com projetores encarregam-se de reproduzir o curso dos planetas para que o espectador possa ver a forma da Ursa Maior e a constelação de Orion. O espetáculo não pode ser perdido.
Como o parque La Villette é gigantesco, é melhor comprar um guia ou pegar folhetos no próprio local para programar várias idas. Outra dica é visitar o site www.cite-sciences.fr e escolher o que ver, pois um dia ou dois não são suficientes para abranger a grandiosidade desse local.

História natural
O Museu de História Natural (www.mnhn.fr), localizado no jardim de Plantas, reserva ao visitante cinco andares. A evolução serve de estrutura para explicar as ciências e sua diversidade. A exposição permanente dá uma ampla idéia dos seres vivos e sua história ao longo de 10 mil anos.
Durante o passeio, o pai utiliza animais empalhados como exemplos para usar todo seu didatismo e matar aquelas perguntas da fase do "por quê?". Impossível sair ileso, destituído de qualquer emoção. O segundo andar, em um de seus trechos, reserva a história de cinco espécies de rinocerontes que povoavam as florestas e as savanas da África e da Ásia no início do século 20. No mesmo piso, há exemplares de espécies extintas. Pais cansados podem repousar em poltronas. (MARIJÔ ZILVETI)


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