São Paulo, segunda, 22 de dezembro de 1997.



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NATAL
Cidade de Goethe é o berço da dinastia Rothschild
Elites definiram as linhas de Frankfurt

Loja de sanduíches nos arredores do Römer exibe decoração de Natal do enviado especial a Frankfurt

Apesar de totalmente reconstruída depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Frankfurt que hoje conhecemos deve muito de seu aspecto às elites que lá viveram nos séculos 17 e 18.
Cidade natal do grande escritor Goethe, Frankfurt também deu origem a uma dinastia de banqueiros, os Rothschild.
Nascido no gueto, numa casa marcada por um escudo ("schild") vermelho ("rot"), o sobrenome do judeu-alemão Mayer Anselm Rothschild (1743-1812), coetâneo de Goethe, virou sinônimo de riqueza.
Quatro de seus filhos fundaram bancos em Londres, Paris, Nápoles e Viena, e os Rothschild passaram a ser conhecidos como "os cinco 'frankfurters'".
Depois disso, há cem anos, em 1898, quando contava 290 mil habitantes, Frankfurt derrubou diversas casas para dar lugar a uma rede de bondes.
Seu aeroporto, o maior do país, foi aberto em 1936, quando o mundo engatinhava para os anos de destruição da Segunda Guerra. A cidade foi arruinada. A casa de Goethe não escapou da destruição, nem os prédios do Römer.
Ressurgimento moderno
Reconstruída, a metrópole reencontrou a vocação de centro cultural e financeiro. A 12 horas de vôo de São Paulo ou do Rio, Frankfurt tem 19 mil quartos de hotel e é célebre pela feira do livro, que ocorre em outubro. Mas, apesar dos novos tempos, soube resguardar até as feiras singelas, como a da primavera, iniciada no Römer em 1330, e a quermesse de Natal, evento essencial desde que se tem notícia. (SILVIO CIOFFI)


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