São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

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EUA

Executivos de turismo clamam por campanha que melhore imagem do país

Bush afasta estrangeiros, diz indústria

DA ASSOCIATED PRESS

Mickey Mouse tem um problema a resolver com o Tio Sam.
Executivos da indústria do turismo -incluindo os dos parques da Disney- dizem que a "guerra ao terror" promovida pelo presidente George Bush está involuntariamente assustando os turistas estrangeiros. Para eles, é necessária uma campanha internacional para melhorar a combalida imagem dos EUA no exterior.
"É mais do que uma queda momentânea na cotação do país aos olhos dos estrangeiros", diz Jay Rasulo, presidente da Walt Disney Parks & Resorts. Outros países têm priorizado a competição por turistas, e nós não."
Rasulo e outros executivos do ramo afirmam que o turismo nos EUA, embora crescendo após alguns anos de baixa, não está tão forte como deveria. O número de visitantes internacionais em 2004 ficou 10% abaixo do de 2000, ano anterior ao 11 de Setembro. Apesar de a baixa do dólar ter aumentado o número de turistas nos últimos meses, o panorama ainda é desapontador para os executivos.
O porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Dennis Murphy, diz que as novas regras foram criadas para corrigir a vulnerabilidade explorada pelos terroristas no 11 de Setembro. "Não podemos permitir que nosso sistema falhe outra vez."
Os executivos do ramo turístico enfatizam não serem contra o combate ao terrorismo, mas se opõem à maneira como as medidas foram implementadas.
"Nós desenvolvemos em muitos países uma imagem de que os EUA são uma fortaleza impenetrável", diz Betsy O'Rourke, vice-presidente de marketing da Travel Industry Association of America (TIA). "Os turistas deveriam ser vistos como clientes, não como invasores em potencial."


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