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Orquestra toca sob a batuta de Lorin Maazel
DO ENVIADO ESPECIAL
Norte-americano nascido
no subúrbio parisiense de
Neuilly, o maestro Lorin
Maazel, 74, é o mais conhecido dos músicos na montagem sevilhana de "Carmen".
Foi diretor musical de uma
dezena das maiores orquestras sinfônicas e casas de
ópera -entre elas, a Ópera
de Viena. Nos últimos 30
anos dirigiu 300 gravações.
Em suas duas últimas vindas ao Brasil, ele esteve à
frente da Filarmônica de
Viena, na Sala São Paulo
(1999), e da Orquestra Experimental de Repertório, no
Teatro Municipal (2002).
Maazel tem duas versões
de "Carmen" nos catálogos
das gravadoras. A primeira
delas é de 1970 e foi publicada pela RCA. À frente da
Deutsche Oper, de Berlim,
Maazel tem no elenco Anna
Moffo, Franco Corelli, Piero
Cappuccili e Helen Donath.
A outra, de 1984, da gravadora Erato, integra uma produção mais ambiciosa. "Carmen" se tornou filme e também DVD, com direção cênica de Francisco Rossi.
Maazel, que tem memória
prodigiosa, rege a Orquestra
Nacional da Rádio França
com Julia Migenes-Johnson,
Plácido Domingo, Ruggiero
Raimondi e Faith Esham no
elenco. Ele não chega a ser
uma unanimidade entre os
críticos, que, no entanto, reconhecem nele o peso artístico de um dos maiores
maestros ainda vivos. Não
tem a racionalidade de um
Carlos Kleiber ou de um
Pierre Boulez nem as idiossincrasias mágicas e criativas
de um Simon Rattle.
Mas sua concepção de
"Carmen" é brilhante. Maazel capricha nas cores, tira da
orquestra uma expressividade baseada na dinâmica
(contrastes às vezes abruptos entre sonoridades fortes
e fracas) e entrega ao público
um produto de acabamento
impecável.
(JBN)
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