São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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Orquestra toca sob a batuta de Lorin Maazel

DO ENVIADO ESPECIAL

Norte-americano nascido no subúrbio parisiense de Neuilly, o maestro Lorin Maazel, 74, é o mais conhecido dos músicos na montagem sevilhana de "Carmen". Foi diretor musical de uma dezena das maiores orquestras sinfônicas e casas de ópera -entre elas, a Ópera de Viena. Nos últimos 30 anos dirigiu 300 gravações.
Em suas duas últimas vindas ao Brasil, ele esteve à frente da Filarmônica de Viena, na Sala São Paulo (1999), e da Orquestra Experimental de Repertório, no Teatro Municipal (2002).
Maazel tem duas versões de "Carmen" nos catálogos das gravadoras. A primeira delas é de 1970 e foi publicada pela RCA. À frente da Deutsche Oper, de Berlim, Maazel tem no elenco Anna Moffo, Franco Corelli, Piero Cappuccili e Helen Donath.
A outra, de 1984, da gravadora Erato, integra uma produção mais ambiciosa. "Carmen" se tornou filme e também DVD, com direção cênica de Francisco Rossi.
Maazel, que tem memória prodigiosa, rege a Orquestra Nacional da Rádio França com Julia Migenes-Johnson, Plácido Domingo, Ruggiero Raimondi e Faith Esham no elenco. Ele não chega a ser uma unanimidade entre os críticos, que, no entanto, reconhecem nele o peso artístico de um dos maiores maestros ainda vivos. Não tem a racionalidade de um Carlos Kleiber ou de um Pierre Boulez nem as idiossincrasias mágicas e criativas de um Simon Rattle.
Mas sua concepção de "Carmen" é brilhante. Maazel capricha nas cores, tira da orquestra uma expressividade baseada na dinâmica (contrastes às vezes abruptos entre sonoridades fortes e fracas) e entrega ao público um produto de acabamento impecável. (JBN)


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