São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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Espumante cultiva hospitalidade há gerações

EM SANT SADURNÍ D'ANOIA

Entre as produtoras de Sant Sadurní, a Codorníu é uma das que se aparataram ao longo dos últimos anos para receber os turistas.
Situada a 2 km da estação de trem e dotada de auditório, museu e até trenzinhos para percorrer labirínticos túneis em que se armazenam as garrafas, a companhia estima receber aproximadamente 200 mil visitantes por ano.
As edificações receberam, em 1976, o título de patrimônio nacional do governo espanhol. O prédio central, apelidado de "catedral da cava", foi erguido pelo arquiteto modernista Josep Puig i Cadafalch, que o projetou seguindo os preceitos da escola de Antoni Gaudí (1852-1926).
Sob a propriedade, 30 km de túneis abrigam a bebida logo após o engarrafamento. São as celas e funcionam como verdadeiras geladeiras subterrâneas nos nove meses de envelhecimento do produto. Esses túneis levaram 20 anos para serem construídos.
Empresa do tipo familiar, a Codorníu traz na árvore genealógica dos seus ancestrais a figura de Joseph Raventós, considerado o inventor da cava -em 1872 ele fabricou o primeiro espumante desse tipo usando uvas locais e seguindo a receita aplicada na fabricação do champanhe francês.
No Museu da Cava estão em exibição peças relacionadas ao consumo do vinho, passando por prensas do século 19, barris de madeira medievais, cartazes publicitários do século 20 e jarras de várias épocas da história. "São do acervo pessoal da família. Algumas foram compradas, muitas outras, presenteadas", conta Esther van de Paverd.
Se a estrutura para recepção de grupos da empresa foi montada na última década, o hábito hospitaleiro é cultivado pela família Raventós há gerações. E entre os ilustres que degustaram as cavas da Codorníu in loco está o rei espanhol Juan Carlos 1º, que já visitou a casa.
"Abrir as portas aos visitantes é um hábito local", explica Van de Paverd. Tanto que é possível conhecer gratuitamente as instalações da Codorníu em qualquer dia da semana, das 9h às 17h.
Nos sábados e domingos, o horário é mais curto, das 9h às 12h, e é preciso pagar uma taxa de 2,50. O roteiro dura 50 minutos e inclui exibição de vídeo, visita ao museu e passeio de trenzinho pelas celas. (TD)



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