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Espumante cultiva hospitalidade há gerações
EM SANT SADURNÍ D'ANOIA
Entre as produtoras de Sant Sadurní, a Codorníu é uma das que
se aparataram ao longo dos últimos anos para receber os turistas.
Situada a 2 km da estação de
trem e dotada de auditório, museu e até trenzinhos para percorrer labirínticos túneis em que se
armazenam as garrafas, a companhia estima receber aproximadamente 200 mil visitantes por ano.
As edificações receberam, em
1976, o título de patrimônio nacional do governo espanhol. O
prédio central, apelidado de "catedral da cava", foi erguido pelo
arquiteto modernista Josep Puig i
Cadafalch, que o projetou seguindo os preceitos da escola de Antoni Gaudí (1852-1926).
Sob a propriedade, 30 km de túneis abrigam a bebida logo após o
engarrafamento. São as celas e
funcionam como verdadeiras geladeiras subterrâneas nos nove
meses de envelhecimento do produto. Esses túneis levaram 20
anos para serem construídos.
Empresa do tipo familiar, a Codorníu traz na árvore genealógica
dos seus ancestrais a figura de Joseph Raventós, considerado o inventor da cava -em 1872 ele fabricou o primeiro espumante
desse tipo usando uvas locais e seguindo a receita aplicada na fabricação do champanhe francês.
No Museu da Cava estão em
exibição peças relacionadas ao
consumo do vinho, passando por
prensas do século 19, barris de
madeira medievais, cartazes publicitários do século 20 e jarras de
várias épocas da história. "São do
acervo pessoal da família. Algumas foram compradas, muitas
outras, presenteadas", conta Esther van de Paverd.
Se a estrutura para recepção de
grupos da empresa foi montada
na última década, o hábito hospitaleiro é cultivado pela família Raventós há gerações. E entre os
ilustres que degustaram as cavas
da Codorníu in loco está o rei espanhol Juan Carlos 1º, que já visitou a casa.
"Abrir as portas aos visitantes é
um hábito local", explica Van de
Paverd. Tanto que é possível conhecer gratuitamente as instalações da Codorníu em qualquer
dia da semana, das 9h às 17h.
Nos sábados e domingos, o horário é mais curto, das 9h às 12h, e
é preciso pagar uma taxa de
2,50. O roteiro dura 50 minutos e
inclui exibição de vídeo, visita ao
museu e passeio de trenzinho pelas celas.
(TD)
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