São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Refúgio de paulistanos vira morada

DA ENVIADA ESPECIAL

Alguns paulistanos que fogem para Serra Negra nos dias de folga se encantam com a tranquilidade local e invertem o esquema: adotam a cidade como morada e só visitam a metrópole rapidamente.
"Quando meus filhos entraram na adolescência, senti que ficaria mais tranquila se eles ficassem longe da violência de São Paulo", diz Silvana Siqueira, que dirigiu uma rede de academias por 15 anos. "Foi uma fase legal da minha vida, mas agora quero sossego", diz ela, que hoje faz quitutes para seu café, Coisas da Fazenda, e atua como banqueteira de eventos da sociedade serra-negrense.
Também o português José Maria de Pinho Martins, proprietário do restaurante Sr. Bacalhau, fugiu da violência paulistana "após vários assaltos". Nascido na pacata cidade do Porto, o chef não se adaptou à metrópole, onde viveu por 13 anos.
Outro exemplo envolve a saúde dos filhos de Fernando Braga, dono da Cantina San Marco. Segundo ele, sempre que as crianças iam à praia, voltavam adoentadas. "Resolvi passar uma semana em Serra Negra. No segundo dia, eles repetiram a comida, coisa que nunca acontecia em São Paulo. Quando voltaram para casa, estavam corados, gordinhos."
A família Braga trocou então a praia pela montanha, para onde se mudou em 1980. "Meu filho, que tinha alergia respiratória, nunca mais teve crises." (MV)


Texto Anterior: Estância Acima: Serra Negra ainda é a "cidade da saúde"
Próximo Texto: O nome em três versões
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.